A palavra Folclore significa conjunto das tradições, conhecimento ou crenças populares expressas em provérbios, contos ou canções. Folclore é tudo que simboliza os hábitos do povo, que foram conservados através do tempo, como conhecimento passado de geração em geração, por meio de lendas, canções, mitos, hábitos (incluindo comidas e festas) , utensílios, brincadeiras, enfeites.
1.01 Boi Bumbá: Conta-se a lenda que grávida, Mãe Catirina desejava comer a língua do boi
mais bonito da fazenda onde vivia, o que leva seu marido, o peão Pai Francisco, a matar o animal de estimação de seu patrão. O homem é descoberto e preso. Para salvar o boi, o amo manda chamar um médico e um padre, que acabam conseguindo ressuscitar o animal. Pai Francisco é perdoado e todos iniciam uma grande festa.
1.02 Boitatá : O Boitatá é o gênio que protege as campinas e sempre castiga os que põem fogo
no mato. Quase sempre ele aparece sob a forma de uma cobra muito grande, com dois olhos enormes, que parecem faróis. Às vezes, surge também com a aparência de um boi. Na Amazônia, ela é conhecida por muitos nomes diferentes: Boiúna, Cobra Grande, Cobra Norato.
1.03 Mula sem cabeça :
A Mula sem Cabeça é uma das principais lendas do folclore brasileiro. A lenda diz que toda mulher que tivesse pensamentos ou relações amorosas com um padre se tornaria uma mula-sem-cabeça. Esse monstro possuía a forma de uma mula marrom ou preta, sem a cabeça, soltando fogo na região de onde seria esse membro. Além disso, a mula-sem-cabeça tinha cascos de aço ou prata e um relincho que poderia ser ouvido a muitos metros de distância.
1.04 Negrinho do Pastoreio: Esta lenda vem do sul do Brasil, de origem meio africana e meio
cristã.Conta a lenda que havia um menino negro que trabalhava para um senhor muito rico e malvado que não gostava de negros e nem de peões.O menino era maltratado pelo patrão toda vez que fazia algo de errado, uma das vezes, foi por ter perdido um de seus cavalos. O patrão malvado acabou amarrando o menino em cima de um formigueiro, o mesmo ficou todo machucado. No outro dia o patrão foi vê-lo e para sua surpresa o menino estava com a pele lisa, sem nenhuma marca. Ao seu lado estava Nossa Senhora, e vários cavalos. O patrão arrependido do que havia feito pediu perdão, mas, o Negrinho do Pastoreio, nada respondeu, beijou a mão da Santa, subiu em um dos cavalos e partiu levando os demais baios.
1.05 Vitória Régia:
Numa noite linda uma jovem índia se encantou com o brilho da lua que refletia no lago. De tão fascinada que ficou com aquela luz mágica, atirou-se nas águas e desapareceu para sempre. A lua se comoveu com a admiração da índia e a transformou numa linda flor, a Vitória Régia, que flutua nas superfícies das águas de alguns rios da Amazônia. Essa é uma flor noturna, abre ao entardecer e se fecha com o raiar do sol.
1.06 Bicho Papão: É o primeiro mito que uma criança aprende através de canções de ninar. É um mito fictício trazido pelos portugueses, e é usado para meter medo nas crianças e fazer com que sejam mais obedientes. Em João Pessoa, na Paraíba, todos já ouviram falar de um fantasma que assusta os pequeninos e tem o nome de Mingusoto, cuja principal função era disciplinar, pelo medo, as crianças rebeldes e relutantes em dormir cedo.
1.07 Mapinguari :
Outra lenda de origem indígena é a do Mapinguari. É conhecida no Norte, nos estados do Amazonas, Pará e Acre como um gigantesco bicho-preguiça de 2 metros de altura que vive nas matas.O Mapinguari é outro protetor da mata, inimigos dos caçadores predadores os quais mata e devora apenas a cabeça. Seu corpo é coberto de pelos em camada espessa que o torna vulnerável até mesmo às balas. No entanto, é vulnerável no umbigo.
1.08 Jurupari :
Presente em várias lendas amazônicas, o Jurupari aparece às vezes como herói (Filho do Sol) e em outras como monstro (Filho do Trovão). É mais conhecido como um espírito indígena que entra no sonho das pessoas ou provoca pesadelos, segurando o pescoço das pessoas pra que elas não soltem qualquer grito de medo. Possui o dom de comunicar-se com qualquer ser da natureza e que pertence a mítica tribo do Sol criada por Deusas da fauna e flora e abençoados por Tupã o Deus dos raios.
1.09 O Homem do Saco:
É relatado como um ser monstruoso com garras pontiagudas de gavião, dentes iguais aos de um vampiro e orelhas de morcego.A figura assusta os pequeninos porque fala de um homem que aparece do nada oferecendo brinquedos, doces, presentes ou dinheiro para levar as crianças.Dizem que ela as captura e coloca dentro de um saco, levando-a para seu esconderijo para alimentar-se.A lenda diz que o Homem do Saco sofre de uma doença rara que faz crescer suas orelhas e pra aliviar as dores, precisa se alimentar do fígado de uma criança.
1.10 Dama de Branco : Uma mulher vestida de branco é a assombração que aparece às pessoas no Mato Grosso. O local é o Rio das Garças e os garimpeiros falam de uma linda Dama de Branco que surge à noite, passeando pelas estradas até desaparecer em uma curva. Sua presença, dizem, é o sinal de que alguma grande personalidade vai morrer.
1.11 Lobisomem: A lenda do lobisomem é muito conhecida no
folclore brasileiro, sendo que algumas pessoas, especialmente aquelas mais velhas e que moram nas regiões rurais, de fato crêem na existência do monstro. A figura do lobisomem é de um monstro que mistura formas humanas e de lobo. Segunda a lenda, quando uma mulher tem 7 filhas e o oitavo filho é homem, esse último filho será um Lobisomem. Quando nasce, a criança é pálida, magra e possui as orelhas um pouco compridas. As formas de lobisomem aparecem a partir dos 13 anos de idade. Na primeira noite de terça ou sexta-feira após seu 13º aniversário, o garoto sai à noite e no silêncio da noite, se transforma pela primeira vez em lobisomem e uiva para a Lua, semelhante a um lobo. Após a primeira transformação, em todas as noites de terça ou sexta-feira, o homem se transforma em lobisomem e passa a visitar 7 partes da região, 7 pátios de igreja, 7 vilas e 7 encruzilhadas. Por onde ele passa, açoita os cachorros e desliga todas as luzes que vê, além de uivar de forma aterrorizante. Quando está quase amanhecendo, o lobisomem volta a ser homem.
1.12 Boto Rosa: Ao cair da noite na Amazônia, o boto cor-de-rosa deixa os rios e transforma-se em um lindo e sedutor rapaz, que sai em busca de uma garota para namorar. Além de galante e sedutor, o boto dança como ninguém e enfeitiça as meninas indefesas. De madrugada, o namorador volta para o rio, onde se transforma de novo em boto. Essa é uma lenda contada na floresta amazônica para explicar por que tantas meninas têm filhos sem pai: são todos filhos do boto.
1.13 Curupira : Protetor da floresta e dos animais, o Curupira é um menino muito esperto que tem os cabelos vermelhos e os pés voltados para trás, ele tem os pés dessa forma para enganar os caçadores e todos aqueles que querem destruir o seu lar. Tem cabelos arrepiados e olhos em brasa. Um dos truques do Curupira é jogar um encanto nos caçadores para que esses se percam na floresta.
1.14 Caipora: Mora em troncos de velhas árvores e ás vezes, cavalga um caititu (porco-do-mato) agitando um galho de japecanga. Tem o poder de ressuscitar os animais mortos sem sua permissão, apavorando os caçadores. A Caipora apronta toda sorte de ciladas para o caçador, sobretudo aquele que abate animais além de suas necessidades. Afugenta as presas, espanca os cães farejadores, e desorienta o caçador simulando os ruídos dos animais da mata. Assobia, estala os galhos e assim dá falsas pistas fazendo com que ele se perca no meio do mato.
1.15 Saci pererê : O saci possui apenas uma perna, usa um gorro vermelho e sempre está com um cachimbo na boca. Sua principal característica são as travessuras, entre elas, amarrar o rabo dos cavalos. Segundo a lenda, o Saci está nos redemoinhos de vento e pode ser capturado jogando uma peneira sobre os redemoinhos. Após a captura, deve-se retirar o capuz da criatura para garantir sua obediência e prendê-lo em uma garrafa. Conta a lenda que esses seres danados nascem nos brotos de bambu.
1.16 Yara : Também chamada de Mãe D'Água, é uma figura mítica metade peixe, metade mulher e vive nas águas do Rio Amazonas. É a sereia das águas doces. É vaidosa e gosta de seduzir. Fica sobre as pedras, penteando os cabelos longos enquanto canta uma música que serve para atrair rapazes incautos para o fundo do rio. A lenda diz ainda que quem a fitar nos olhos, ficará cego.
1.17 Cuca : Terror das crianças, a Cuca ocupa um espaço especial no folclore brasileiro, sobretudo, no imaginário infantil desde tenra idade. Sua origem é portuguesa (o nome original é Coca). Nas cantigas de ninar, a Cuca é o ser que vem pra levar as crianças desobedientes. Também é uma forma de fazer com que a criança durma mais cedo. Com Monteiro Lobato, a personagem perdeu a identificação com o terror e passou a ser uma velha com cara de jacaré, divertida e falante.
1.18 Alamoa : O mito da Alamoa (ou Alemoa) origina-se de uma holandesa, uma linda loira que teria vindo ao Brasil na época da invasão. Dizem que ela mora no Morro do Pico, uma elevação rochosa quase inacessível e quando desce, sempre no início da noite, é pra seduzir.Ela atrai os viajantes e pescadores e persegue quem foge dela. Quando a vítima pensa que está com uma bela mulher, ela se transforma em um esqueleto e faz com que o sujeito fique tão apavorado, que acabe enlouquecendo.
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