Os 500 réis do Império do Brasil (1878). |
Quando D. Pedro I se tornou imperador do Brasil em 1822, encontrou os cofres vazios e uma enorme dívida pública. Sob o governo de D. Pedro II a situação melhorou, principalmente devido à produção cafeeira (que seria o centro da economia brasileira nos próximos 100 anos) e à construção de ferrovias e estradas.
Em 1888, com a abolição da escravatura, completava-se parte do caminho - que seria concluído pela imigração - da formação do nosso mercado de trabalho, o que disponibilizou a mão-de-obra necessária para nossa industrialização. Foram evoluções imprescindíveis para o desenvolvimento capitalista no Brasil.
Os 1000 réis do Império do Brasil (1885) |
No dia-a-dia, passou-se a usar o mil-réis, múltiplo do real, como unidade monetária devido às seguidas desvalorizações. O Real (plural: réis) foi utilizado de 1500 a 8 de outubro de 1834. e a partir de 8 outubro de 1834 a 1 de novembro de 1942 a moeda foi o múltiplo Mil-Réis e o Conto de Réis (equivalente a um milhão de réis, ou 1.000 mil-réis).
Após a independância e organização do Império do Brasil, foi criado o Tesouro Nacional para gerir as finanças do Império. Abalado pela retirada de grandes somas de recursos durante o embarque da família real portuguesa para a Europa em 1821, o 1º Banco do Brasil faliu e foi extinto em 1829. No entanto, os blihetes emitidos continuaram a circular.
A primeira emissão do Tesouro, em 1833, destinou-se ao recolhimento das moedas de cobre nas províncias. O aumento do número de falsificações dessas cédulas e dos antigos bilhetes emitidos pelo Banco do Brasil obrigou o Governo Imperial a preparar a primeira emissão regular de cédulas do padrão Mil Réis, destinada a uniformizar o meio circulante e acabar com as falsificações.
A Lei de 6 de outubro de 1835 determinou a substituição de todos os bilhetes do extinto Banco do Brasil e de todas as cédulas para o troco do cobre por cédulas do Tesouro Nacional, fabricadas na Inglaterra pela Perkins, Bacon & Petch com impressão em um único lado do papel. Foi a primeira vez que o Tesouro Nacional deteve a exclusividade da emissão de cédulas no Brasil.
O aumento do preço dos metais utilizados para a fabricação das moedas e a multiplicação da população tornaram o uso de papel-moeda cada vez mais disseminado no decorrer do século XIX. No entanto, a vastidão do território dificultava a distribuição das cédulas. A solução encontrava pelo governo foi autorizar bancos particulares a emitirem junto com o Tesouro Nacional. O segundo Banco do Brasil, criado pelo Visconde de Mauá em 1854, também é autorizado a emitir.
Em 1868 ocorre uma mudança no padrão das cédulas, que passam a ser impressas em ambos os lados do papel. Essas notas bifaciais, fabricadas pela American Bank Note Company, circularam até o fim do Império em 1889. Todas elas traziam estampado no seu anverso o Imperador D. Pedro II.
500 Réis - 1ª Estampa
Valor facial: 500 réis
Data de emissão: 21.12.1874
Órgão emissor: Tesouro Nacional
Empresa impressora: American Bank Note Company.
Estampa: 1ª Estampa
Anverso: Brasão do Império do Brasil à esquerda, D. Pedro II ao centro e mulher à direita.
Reverso: Inscrição IMPERIO DO BRASIL e valor facial.
Dimensões: 165 x 75 mm.
Chancela: Autografada. Letras de controle: A-F. Séries: 1ª-60ª.
500 Réis - 2ª Estampa
Valor facial: 500 réis
Ano de emissão: 1878.
Órgão emissor: Tesouro Nacional
Empresa impressora: American Bank Note Company
Estampa: 2ª Estampa
Anverso: D. Pedro II ao centro, ladeado por duas figuras femininas.
Reverso: Armas do Império do Brasil, inscrição IMPERIO DO BRASIL e valor facial.
Dimensões: 165 x 75 mm
Chancela: Autografada
Letras de controle: A-F
Séries: 1ª-60ª
Observação: cédula com numeração apenas à esquerda.
Referências bibliográficas:
AMATO, Cláudio P., Irlei S. das Neves, Júlio E. Schütz. Cédulas do Brasil (1833 a 2011), 5ª edição. São Paulo, 2011. ISBN 978-85-904216-3-4. www.claudioamato.com.br.
MARTINS, Luiz Cláudio L. S. Cédulas Brasileiras do Mil-Réis ao Real. Sociedade Numismática Brasileira, Projeto Cultura SNB (Biênio 2003-2004) edição n.º 54, p. 104-114. Disponível em: http://snb.org.br/boletins/pdf/54%20-%20C%C3%A9dulas%20Brasileiras.pdf.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Dinheiro no Brasil 2ª edição. Brasília, BCB, 2004, 36 p.
Após a independância e organização do Império do Brasil, foi criado o Tesouro Nacional para gerir as finanças do Império. Abalado pela retirada de grandes somas de recursos durante o embarque da família real portuguesa para a Europa em 1821, o 1º Banco do Brasil faliu e foi extinto em 1829. No entanto, os blihetes emitidos continuaram a circular.
A primeira emissão do Tesouro, em 1833, destinou-se ao recolhimento das moedas de cobre nas províncias. O aumento do número de falsificações dessas cédulas e dos antigos bilhetes emitidos pelo Banco do Brasil obrigou o Governo Imperial a preparar a primeira emissão regular de cédulas do padrão Mil Réis, destinada a uniformizar o meio circulante e acabar com as falsificações.
A Lei de 6 de outubro de 1835 determinou a substituição de todos os bilhetes do extinto Banco do Brasil e de todas as cédulas para o troco do cobre por cédulas do Tesouro Nacional, fabricadas na Inglaterra pela Perkins, Bacon & Petch com impressão em um único lado do papel. Foi a primeira vez que o Tesouro Nacional deteve a exclusividade da emissão de cédulas no Brasil.
O aumento do preço dos metais utilizados para a fabricação das moedas e a multiplicação da população tornaram o uso de papel-moeda cada vez mais disseminado no decorrer do século XIX. No entanto, a vastidão do território dificultava a distribuição das cédulas. A solução encontrava pelo governo foi autorizar bancos particulares a emitirem junto com o Tesouro Nacional. O segundo Banco do Brasil, criado pelo Visconde de Mauá em 1854, também é autorizado a emitir.
Em 1868 ocorre uma mudança no padrão das cédulas, que passam a ser impressas em ambos os lados do papel. Essas notas bifaciais, fabricadas pela American Bank Note Company, circularam até o fim do Império em 1889. Todas elas traziam estampado no seu anverso o Imperador D. Pedro II.
500 Réis - 1ª Estampa
Valor facial: 500 réis
Data de emissão: 21.12.1874
Órgão emissor: Tesouro Nacional
Empresa impressora: American Bank Note Company.
Estampa: 1ª Estampa
Anverso: Brasão do Império do Brasil à esquerda, D. Pedro II ao centro e mulher à direita.
Reverso: Inscrição IMPERIO DO BRASIL e valor facial.
Dimensões: 165 x 75 mm.
Chancela: Autografada. Letras de controle: A-F. Séries: 1ª-60ª.
500 Réis - 2ª Estampa
Valor facial: 500 réis
Ano de emissão: 1878.
Órgão emissor: Tesouro Nacional
Empresa impressora: American Bank Note Company
Estampa: 2ª Estampa
Anverso: D. Pedro II ao centro, ladeado por duas figuras femininas.
Reverso: Armas do Império do Brasil, inscrição IMPERIO DO BRASIL e valor facial.
Dimensões: 165 x 75 mm
Chancela: Autografada
Letras de controle: A-F
Séries: 1ª-60ª
Observação: cédula com numeração apenas à esquerda.
Referências bibliográficas:
AMATO, Cláudio P., Irlei S. das Neves, Júlio E. Schütz. Cédulas do Brasil (1833 a 2011), 5ª edição. São Paulo, 2011. ISBN 978-85-904216-3-4. www.claudioamato.com.br.
MARTINS, Luiz Cláudio L. S. Cédulas Brasileiras do Mil-Réis ao Real. Sociedade Numismática Brasileira, Projeto Cultura SNB (Biênio 2003-2004) edição n.º 54, p. 104-114. Disponível em: http://snb.org.br/boletins/pdf/54%20-%20C%C3%A9dulas%20Brasileiras.pdf.
BANCO CENTRAL DO BRASIL. Dinheiro no Brasil 2ª edição. Brasília, BCB, 2004, 36 p.
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