domingo, 28 de outubro de 2018

Todos os presidentes do Brasil e seus feitos mais marcantes

A República Brasileira tem sido marcada por muitos presidentes. Alguns foram bons, outros ruins e ainda outros ambíguos. Cada um marcou o país de maneira única...
1. Deodoro da Fonseca  - Militar - (1889-1891)
Deodoro da Fonseca
Manuel Deodoro da Fonseca (Alagoas da Lagoa do Sul - AL, 5 de agosto de 1827 — Rio de Janeiro - RJ, 23 de agosto de 1892) foi um militar e político brasileiro, primeiro presidente do Brasil e uma das figuras centrais da Proclamação da República no país.
Deodoro da Fonseca ficou conhecido por ser o primeiro presidente. Ele não foi eleito democraticamente, foi escolhido pelos revolucionários. Ele liderou o governo provisório que organizou a nova república, preparando as leis principais do país. Durante o governo de Deodoro da Fonseca houve muita instabilidade política.

2. Floriano Peixoto - Militar - (1891-1894)
Floriano Peixoto
Floriano Vieira Peixoto (Maceió - AL, 30 de abril de 1839 — Barra Mansa - RJ, 29 de junho de 1895) foi um militar e político brasileiro, primeiro vice-presidente e segundo presidente do Brasil, cujo governo abrange a maior parte do período da história brasileira conhecido como República da Espada.
Floriano Peixoto sucedeu a Deodoro da Fonseca quando este se demitiu. Ele também não foi eleito mas ajudou a estabilizar um pouco o país, que estava em um estado caótico depois da revolução.


3. Prudente de Morais - Partido Republicano Federal - (1894-1898)
Prudente de Morais
Prudente José de Moraes Barros (Itu - SP, 4 de outubro de 1841 — Piracicaba - SP, 3 de dezembro de 1902) foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do estado de São Paulo (cargo equivalente ao de governador), senador, presidente da Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e terceiro presidente do Brasil, tendo sido o primeiro civil a assumir o cargo e o primeiro presidente por eleição direta.
Prudente era prudente. Ele foi o primeiro presidente eleito pelo povo brasileiro e também o primeiro presidente que não era militar. Ele diminuiu o poder do exército no governo e, sempre que podia, usava a diplomacia em vez da guerra para resolver conflitos.

4. Campos Sales - Partido Republicano Paulista - (1898-1902)
Campos Sales 
Manuel Ferraz de Campos Sales (Campinas - SP, 15 de fevereiro de 1841 — Santos - SP, 28 de junho de 1913) foi um advogado e político brasileiro, terceiro presidente do estado de São Paulo, de 1896 a 1897 e o quarto presidente da República, entre 1898 e 1902.
O foco principal deste presidente era a estabilidade. Ele negociou com os bancos ingleses para mudar o pagamento da grande dívida externa do Brasil. Também fez outros esforços para tirar o país da crise econômica.


5. Rodrigues Alves - Partido Republicano Paulista - (1902-1906)
Rodrigues Alves
Francisco de Paula Rodrigues Alves (Guaratinguetá - SP, 7 de julho de 1848 – Rio de Janeiro - RJ, 16 de janeiro de 1919) foi um advogado, político brasileiro, Conselheiro do Império, presidente da província de São Paulo, presidente do estado de São Paulo, ministro da fazenda e quinto presidente do Brasil.
Rodrigues Alves enfrentou algumas revoltas mas teve bastante sucesso como presidente. Ele organizou grandes obras na cidade de Rio de Janeiro e desfrutou de uma economia forte. Foi durante o seu mandato que o Acre se tornou parte do Brasil.

6. Afonso Pena - Partido Republicano Mineiro - (1906-1909)
Rodrigues Alves
Afonso Augusto Moreira Pena (Santa Bárbara do Mato Dentro- MG, 30 de novembro de 1847 — Rio de Janeiro - RJ, 14 de junho de 1909) foi um advogado e político brasileiro. Membro do Partido Republicano Mineiro, foi o 6º Presidente do Brasil.
Afonso Pena organizou a construção de vários caminhos de ferro, que facilitaram o transporte dentro do país. Também apoiou a povoação do país, com a ajuda da imigração.


7. Nilo Peçanha - Partido Republicano Fluminense - (1909-1910)
Nilo Peçanha
Nilo Procópio Peçanha (Campos dos Goytacazes - RJ, 2 de outubro de 1867 – Rio de Janeiro - RJ, 31 de março de 1924) foi um político brasileiro. Assumiu a Presidência da República após o falecimento de Afonso Pena, em 14 de junho de 1909 e governou até 15 de novembro de 1910.
Nilo Peçanha assumiu a presidência quando Afonso Pena morreu. Seu governo foi curto e marcado por instabilidade política, mas ele ainda conseguiu criar o Serviço de Proteção aos Índios (antecessor da Funai).


8. Hermes da Fonseca - Partido Republicano Conservador - (1910-1914)
Hermes da Fonseca 
Hermes Rodrigues da Fonseca (São Gabriel - RS, 12 de maio de 1855 — Petrópolis - RJ, 9 de setembro de 1923) foi um militar e político brasileiro, presidente do Brasil entre 1910 e 1914.
O governo de Hermes da Fonseca foi marcado por várias revoltas civis e militares. Ele também enfrentou problemas econômicos e teve de renegociar a dívida externa.



9. Venceslau Braz - Partido Republicano Mineiro - (1914-1918)
Venceslau Braz
Venceslau Brás Pereira Gomes (São Caetano da Vargem Grande - MG, 26 de fevereiro de 1868 — Itajubá - MG, 15 de maio de 1966) foi um advogado e político brasileiro; presidente do Brasil entre 1914 e 1918.
Venceslau Braz enfrentou vários conflitos durante seu mandato, que coincidiu com a 1ª Guerra Mundial. Mas os conflitos mais complicados que ele teve de resolver foram entre militares e entre estados brasileiros.



Rodrigues Alves  - Partido Republicano Paulista
Rodrigues Alves
Francisco de Paula Rodrigues Alves (Guaratinguetá - SP, 7 de julho de 1848 – Rio de Janeiro - RJ, 16 de janeiro de 1919) foi um advogado, político brasileiro, Conselheiro do Império, presidente da província de São Paulo, presidente do estado de São Paulo, ministro da fazenda e seria o décimo presidente do Brasil.
Ele ganhou as eleições mas morreu vítima da Gripe Espanhola,  antes de poder assumir seu segundo mandato como presidente.



10. Delfim Moreira  - Partido Republicano Mineiro (1918-1919)
Delfim Moreira
Delfim Moreira da Costa Ribeiro (Cristina - MG, 7 de novembro de 1868 — Santa Rita do Sapucaí - MG, 1 de julho de 1920), foi um advogado e político brasileiro. Foi presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1918 e 28 de julho de 1919. Vice na chapa de Rodrigues Alves durante as eleições, assumiu a presidência em virtude do falecimento daquele, vítima da Gripe Espanhola, até que fossem convocadas novas eleições.
Delfim Moreira assumiu o cargo de presidente apenas temporariamente, até se realizarem novas eleições. Mas ele ainda conseguiu realizar algumas reformas no Código Civil.

11. Epitácio Pessoa  - Partido Republicano Mineiro (1919-1922)
Epitácio Pessoa
Epitácio Lindolfo da Silva Pessoa (Umbuzeiro - PB, 23 de maio de 1865 — Petrópolis - RJ, 13 de fevereiro de 1942) foi um político, magistrado, diplomata, professor universitário e jurista brasileiro, presidente da república entre 1919 e 1922. O período de governo foi marcado por revoltas militares que acabariam na Revolução de 1930, a qual levou Getúlio Vargas ao governo central.
Epitácio Pessoa foi o único presidente que ganhou uma eleição quando nem estava no país! Quando as eleições para presidente ocorreram, ele estava em França, participando do Tratado de Versalhes, que terminou a 1ª Guerra Mundial. Epitácio tentou melhorar a situação do povo no Nordeste, que sofria com a falta de água.

12. Artur Bernardes - Partido Republicano Mineiro (1922-1926)
Artur Bernardes
Artur da Silva Bernardes (Viçosa - MG, 8 de agosto de 1875 — Rio de Janeiro - RJ, 23 de março de 1955) foi um advogado e político brasileiro, presidente de Minas Gerais de 1918 a 1922 e presidente do Brasil entre 15 de novembro de 1922 e 15 de novembro de 1926. Seus seguidores foram chamados de "bernardistas".
O mandato de Artur Bernardes foi marcado por uma guerra civil em Rio Grande do Sul e revoltas militares. Foi também durante seu governo que o Brasil saiu da Liga das Nações (antecessora da ONU).


13. Washington Luís - Partido Republicano Paulista (1926-1930)
Washington Luís
Washington Luís Pereira de Sousa (Macaé - RJ, 26 de outubro de 1869 — Batatais - SP, 4 de agosto de 1957) foi um advogado, historiador e político brasileiro, décimo primeiro presidente do estado de São Paulo, décimo terceiro presidente do Brasil e último presidente efetivo da República Velha.
Washington Luís foi deposto em 24 de outubro de 1930, vinte e um dias antes do término do seu mandato como presidente da república, por um golpe militar, que passou o poder, em 3 de novembro, às forças político-militares comandadas por Getúlio Vargas, na denominada Revolução de 1930. Foi o criador do primeiro serviço de Inteligência do Brasil em 1928.
Washington Luís construiu várias estradas que facilitaram a circulação dentro do país. Seu mandato começou bem mas acabou em uma revolução.

Júlio Prestes  - Partido Republicano Paulista 
Júlio Prestes
Júlio Prestes de Albuquerque (Itapetininga - SP, 15 de março de 1882 — São Paulo - SP, 9 de fevereiro de 1946) foi um poeta, advogado e político brasileiro.
Júlio Prestes foi eleito presidente e deveria ter sucedido Washington Luís mas, impedido pela Revolução de 1930, não assumiu o cargo por causa da revolução de 1930, ele nunca chegou a tomar posse.
As denúncias de fraude veiculadas pela Aliança Liberal e sobretudo, pelo assassinato do candidato à Vice-Presidência pela coligação, João Pessoa, tornou a situação tensa e nesse ambiente, começou a gestar-se uma revolução que visava a depor o presidente Washington Luís antes da transmissão do mando a Júlio Prestes.

Junta Governativa Provisória de 1930 - Militar - (24 de outubro de 1930 até 3 de novembro de 1930)
Primeira Junta Militar
Composta por Augusto Tasso Fragoso (Presidente da Junta), Isaías de Noronha e João Mena Barreto.
A Junta Governativa Provisória de 1930, também conhecida como Junta Pacificadora assumiram o governo brasileiro de 24 de outubro (dia em que Washington Luís foi deposto em 24 de outubro de 1930 por um golpe de estado liderado por Augusto Tasso Fragoso) a 3 de novembro de 1930 (data da posse de Getúlio Vargas), impedindo a posse Júlio Prestes, que ocorreria no dia 15 de novembro.
  1. Augusto Tasso Fragoso, (São Luís - MA, 28 de agosto de 1869 — Rio de Janeiro - RJ, 20 de setembro de 1945) foi um militar e escritor brasileiro, chefe da Junta Governativa Provisória de 1930.
  2. José Isaías de Noronha (Rio de Janeiro - RJ, 6 de julho de 1874 — Rio de Janeiro -RJ, 29 de janeiro de 1963) foi um militar da Marinha do Brasil e um dos líderes da junta governativa provisória de 1930.
  3. João de Deus Mena Barreto, (Porto Alegre - RS, 30 de julho de 1874 — Rio de Janeiro - RJ, 25 de março de 1933), general e político brasileiro, foi um dos líderes da junta governativa provisória de 1930.

14. Getúlio Vargas - Aliança Liberal - (1930-1945)
Getúlio Vargas
Getúlio Dornelles Vargas (São Borja - RS, 19 de abril de 1882 — Rio de Janeiro - RJ, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e político brasileiro, líder civil da Revolução de 1930, que pôs fim à República Velha, depondo seu 13º e último presidente, Washington Luís, e, impedindo a posse do presidente eleito em 1 de março de 1930, Júlio Prestes.
O Governo de vargas dividi-se em 3 fases: de 1930 a 1934, como chefe do "Governo Provisório";  de 1934 até 1937 como presidente da república do "Governo Constitucional", tendo sido eleito presidente da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e de 1937 a 1945, como ditador durante o "Estado Novo" implantado após um golpe de estado.  Getúlio Vargas foi deposto em 29 de outubro de 1945, por um movimento militar liderado por generais que compunham seu próprio ministério e que pôs fim ao Estado Novo.
Getúlio Vargas foi o presidente que esteve mais tempo no poder. Ele tomou o poder através da revolução de 1930 e dentro de poucos anos se assumiu como ditador do país, reprimindo a oposição. Ele mudou a Constituição e criou o Estado Novo, com muitos poderes concentrados em si. Apesar de ser ditador, Vargas tomou várias medidas para ganhar o apoio do povo.

15. José Linhares - Civil - (1945-1946)
José Linhares
José Linhares (Guaramiranga - CE, 28 de janeiro de 1886 — Caxambu -MG, 26 de janeiro de 1957) foi um magistrado brasileiro e presidente da República durante três meses e cinco dias, de 29 de outubro de 1945 a 31 de janeiro de 1946. Foi o primeiro cearense presidente do Brasil.
José Linhares foi presidente durante apenas 3 meses, entre a queda de Getúlio Vargas e a eleição de Eurico Gaspar Dutra. Ele ficou conhecido por colocar muitas pessoas de sua família no governo.


16. Eurico Gaspar Dutra - Partido Social Democrático - (1946-1951)
Eurico Gaspar Dutra
Eurico Gaspar Dutra (Cuiabá - MT, 18 de maio de 1883 — Rio de Janeiro - RJ, 11 de junho de 1974) foi um militar brasileiro, décimo sexto Presidente do Brasil de 1946 a 1951 e o único presidente oriundo do atual estado do Mato Grosso.
Dutra foi o primeiro presidente eleito em muito tempo, mas ganhou porque tinha o apoio de Getúlio Vargas. Durante seu ministério, ele procurou desenvolver as infraestruturas essenciais que o país precisava. A primeira Copa do Mundo realizada no Brasil aconteceu durante seu governo, em 1950.


17. Getúlio Vargas - Partido Trabalhista Brasileiro - (1951-1954)
Getúlio Vargas
Getúlio Dornelles Vargas (São Borja - RS, 19 de abril de 1882 — Rio de Janeiro - RJ, 24 de agosto de 1954) foi um advogado e político brasileiro.
No segundo período, em que foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de 1954, quando se suicidou. Getúlio era chamado por seus simpatizantes de "pai dos pobres", pela legislação trabalhista e políticas sociais adotadas sob seus
governos. A sua doutrina e seu estilo político foram denominados de "getulismo".
Apesar de ter sido ditador, Getúlio Vargas era muito popular e conseguiu ser eleito. Apesar de ganhar democraticamente, seu governo foi marcado por muita controvérsia e muita pressão para se demitir. O reinado de Vargas terminou abruptamente quando ele se suicidou.

18. Café Filho - Partido Social Progressista - (1954-1955)
Café Filho
João Fernandes Campos Café Filho (Natal - RN, 3 de fevereiro de 1899 — Rio de Janeiro -RJ, 20 de fevereiro de 1970) foi um advogado e político brasileiro, sendo presidente do Brasil entre 24 de agosto de 1954 e 8 de novembro de 1955.
Café Filho tinha sido vice-presidente e sucedeu Getúlio Vargas até a realização de novas eleições. Seu governo não durou muito, porque ficou doente e teve de ser afastado.



19. Carlos Luz - Partido Social Democrático - (1955)
Carlos Luz
Carlos Coimbra da Luz (Três Corações - MG, 4 de agosto de 1894 — Rio de Janeiro - RJ, 9 de fevereiro de 1961) foi um advogado, professor, jornalista e político brasileiro, presidente da República de 8 a 11 de novembro de 1955, tendo, deste modo, tornado-se o presidente do Brasil que ocupou a cadeira presidencial por menos tempo.
Assumiu a Presidência da República por ser presidente da Câmara dos Deputados, em função do afastamento, por motivos de saúde, do presidente Café Filho, vice-presidente de Getúlio Vargas, que cometera suicídio no ano anterior.
Carlos Luz foi o presidente que durou menos tempo no governo: 3 dias. Ele foi forçado a deixar o posto por suspeita de não querer entregar o governo ao novo presidente eleito – Kubitschek.

20. Nereu Ramos - Partido Social Democrático - (1955-1956)
Nereu Ramos
Nereu de Oliveira Ramos (Lages - SC, 3 de setembro de 1888 — São José dos Pinhais - PR, 16 de junho de 1958) foi um advogado e político brasileiro.
Coube a Nereu Ramos, em sua breve passagem pela presidência do Brasil, de 11 de novembro de 1955 a 31 de janeiro de 1956, sob estado de sítio, completar o quinquênio presidencial e assegurado tanto a posse de Juscelino Kubitschek e de João Goulart, eleitos em 1955, como a continuidade democrática.
Nereu Ramos foi presidente durante menos de 3 meses, até a tomada de posse de Kubitschek. Seu governo curto foi marcado pelo caos que ainda se sentia por causa do suicídio de Vargas.

21. Juscelino Kubitschek - Partido Social Democrático - (1956-1961)
Juscelino Kubitschek
Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina - MG, 12 de setembro de 1902 — Resende - RJ, 22 de agosto de 1976) foi um médico, oficial da Polícia Militar mineira e político brasileiro que ocupou a Presidência da República entre 1956 e 1961.
Jucelino Kubitschek apostou muito no fortalecimento da economia do Brasil. Ele fez muitos investimentos mas também acumulou muitas dívidas. Mas o maior feito do governo de Kubitschek foi a construção de Brasília.


22. Jânio Quadros - Partido Trabalhista Nacional - (1961)
Jânio Quadros
Jânio da Silva Quadros (Campo Grande - MS, 25 de janeiro de 1917 — São Paulo - SP, 16 de fevereiro de 1992) foi um advogado, professor e político brasileiro. Foi o vigésimo segundo presidente do Brasil, entre 31 de janeiro de 1961 e 25 de agosto de 1961, data em que renunciou.
Jânio Quadros herdou de Kubitschek uma grande crise econômica, que ele não conseguiu resolver. Por causa de sua política neutra na Guerra Fria, negociando livremente com países capitalistas e comunistas, ele foi acusado de apoiar o comunismo. Jânio Quadros ficou sem apoio político e se demitiu depois de 7 meses.

23. Ranieri Mazzilli  - Partido Social Democrático - (1961)
Ranieri Mazzilli
Paschoal Ranieri Mazzilli (Caconde - SP, 27 de abril de 1910 — São Paulo - SP, 21 de abril de 1975) foi um advogado, jornalista e político brasileiro, tendo sido presidente do Brasil em dois momentos na década de 60.
Mazzilli assumiu a presidência durante apenas 13 dias, entre a renúncia de Quadros e a volta do vice-presidente João Goulart, que estava em outro país.




24. João Goulart - Partido Trabalhista Brasileiro - (1961-1964)
João Goulart
João Belchior Marques Goulart (São Borja - RS, 1 de março de 1919 — Mercedes - Argentina, 6 de dezembro de 1976), conhecido popularmente como "Jango", foi um advogado e político brasileiro, 24° presidente do país, de 1961 a 1964.
O governo de João Goulart foi marcado por muita instabilidade política e econômica. Seus planos de reforma do país não foram bem acolhidos e ele foi acusado de tentar criar um regime comunista no Brasil. Em 1964, aconteceu um golpe militar e Goulart fugiu, abandonando a presidência.


25. Ranieri Mazzilli - Partido Social Democrático - (1964)
Ranieri Mazzilli
Paschoal Ranieri Mazzilli (Caconde - SP, 27 de abril de 1910 — São Paulo - SP, 21 de abril de 1975) foi um advogado, jornalista e político brasileiro, tendo sido presidente do Brasil em dois momentos na década de 60.
Mais uma vez, Mazzilli assumiu a presidência por 13 dias, enquanto a nova ditadura militar escolhia um presidente.




Comando Supremo da Revolução, foi um triunvirato governamental composto pelos três ministros militares, em 1964.

  1. Artur da Costa e Silva, ministro do Exército (Taquari - RS, 3 de outubro de 1899 — Rio de Janeiro- RJ, 17 de dezembro de 1969) foi um militar e político brasileiro;
  2. Augusto Rademaker Grünewald,  ministro da Marinha (Rio de Janeiro - RJ, 11 de maio de 1905 — Rio de Janeiro - RJ, 13 de setembro de 1985) foi um militar brasileiro;
  3. Francisco de Assis Correia de Melo, ministro da Aeronáutica (Rio de Janeiro - RJ, 26 de dezembro de 1903 — Rio de Janeiro - RJ, 21 de janeiro de 1971), foi um tenente-brigadeiro da Força Aérea Brasileira.

Comando Supremo da Revolução:
Correia de Melo da Aeronáutica;
Augusto Rademaker da Marinha
e Costa e Silva da Guerra.
Por ocasião da cassação do mandato de João Goulart pelo Congresso, em 2 de abril de 1964, o Governo Federal ficou nas mãos do presidente da Câmara dos Deputados, o paulista Ranieri Mazzilli (PSD), que na prática possuía apenas um cargo formal, já que o poder de fato era exercido pelos seus ministros militares, responsáveis pela assinatura do Ato Institucional Número Um (AI-1), o primeiro elemento formalizador das transformações políticas introduzidas pelos militares, assinado em 9 de abril de 1964, além de uma série de atos. Mazzili permaneceu como presidente até 15 de abril de 1964, quando Humberto de Alencar Castelo Branco, vencedor de eleição indireta no dia 11, tomou posse.

26. Humberto Castelo Branco - Militar - (1964-1967)
Castelo Branco
Humberto de Alencar Castello Branco (Fortaleza - CE, 20 de setembro de 1897 — Fortaleza - CE, 18 de julho de 1967) foi um militar e político brasileiro. Foi o 26º Presidente do Brasil, o primeiro do período da Ditadura Militar, tendo sido um dos articuladores do Golpe militar de 1964. 
O governo de Castelo Branco marcou o início da ditadura militar no Brasil, que durou até 1985. Ele mudou a Constituição, fechou o Congresso Nacional e instaurou a censura à imprensa. Além disso, Castelo Branco aboliu todos os partidos políticos, exceto dois favoráveis ao regime, e tirou o voto das mãos do povo.

27. Artur da Costa e Silva - Aliança Renovadora Nacional - (1967-1969)
Costa e Silva
Artur da Costa e Silva - (Taquari - RS, 3 de outubro de 1899 — Rio de Janeiro- RJ, 17 de dezembro de 1969) foi um militar e político brasileiro. Foi o 27º Presidente do Brasil, o segundo do período da Ditadura Militar. 
Costa e Silva aumentou a repressão à oposição e concentrou muitos poderes em si. Ele reduziu ainda mais a democracia e legalizou a perseguição política, retirando vários direitos a quem fosse uma ameaça ao seu poder. A presidência de Costa e Silva terminou quando ele teve um derrame cerebral.


Pedro Aleixo
Pedro Aleixo
Pedro Aleixo (Mariana - MG, 1 de agosto de 1901 — Belo Horizonte - MG, 3 de março de 1975) foi um advogado, jornalista, professor e político brasileiro.
Eleito vice-presidente da república na chapa do marechal Artur da Costa e Silva, pela Aliança Renovadora Nacional, em 3 de outubro de 1966, Pedro Aleixo se posicionou contra a edição do AI-5 chegando inclusive a elaborar uma revisão da constituição de 1967, a fim de restaurar a legalidade. Consumado o afastamento de Costa e Silva em 31 de agosto de 1969, em virtude de uma trombose, foi impedido de exercer seu direito constitucional de assumir o cargo pelos ministros militares, que mais tarde consideraram extinto seu mandato por força do AI-12 de 6 de outubro de 1969.

Junta Militar - Aurélio de Lira Tavares, Augusto Rademaker e Márcio de Sousa Melo (1969)
Junta Militar
Governou o brasil de 31 de agosto de 1969 até 30 de outubro de 1969. Foi composta pelos três ministros militares: o General Aurélio de Lira Tavares, ministro do Exército; Almirante Augusto Rademaker, ministro da Marinha; e Brigadeiro Márcio Melo, ministro da Aeronáutica.
A doença do presidente Costa e Silva foi súbita e o regime levou algum tempo a se reorganizar. Durante dois meses, o Brasil foi governado por uma junta provisória, até o regime militar estar pronto para empossar um novo presidente.

  1. Aurélio de Lira Tavares (João Pessoa - PB, 7 de novembro de 1905 — Rio de Janeiro - RJ, 18 de novembro de 1998) foi um general de exército brasileiro, membro da junta provisória que governou o Brasil durante sessenta dias, de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969, durante a ditadura militar que se seguiu ao golpe de estado de 1964.
  2. Augusto Hamann Rademaker Grünewald (Rio de Janeiro - RJ, 11 de maio de 1905 — Rio de Janeiro - RJ, 13 de setembro de 1985) foi um militar brasileiro que integrou a junta militar, que presidiu o país de 31 de agosto a 30 de outubro de 1969, durante o impedimento por doença do Presidente Costa e Silva.
  3. Márcio de Sousa Melo (Florianópolis - SC, 26 de maio de 1906 — Rio de Janeiro - RJ, 31 de janeiro de 1991) foi um militar brasileiro, marechal-do-ar da Força Aérea Brasileira.

28. Emílio Garrastazu Médici  - Aliança Renovadora Nacional - (1969-1974)
Garrastazu Médici
Emílio Garrastazu Médici (Bagé - RS, 4 de dezembro de 1905 — Rio de Janeiro - RJ, 9 de outubro de 1985) foi um militar e político brasileiro. Foi o terceiro presidente do período da Ditadura Militar, entre 30 de outubro de 1969 e 15 de março de 1974. Na sua carreira militar, atingiu o posto de General de exército.
O governo de Emílio Garrastazu Médici ficou conhecido pelo “milagre brasileiro”. A economia do país cresceu muito e as condições de vida da população melhoraram. Mas seu governo também foi marcado pela repressão violenta e a tortura de opositores.

29. Ernesto Geisel  - Aliança Renovadora Nacional - (1974-1979)
Ernesto Geisel 
Ernesto Beckmann Geisel (Bento Gonçalves - RS, 3 de agosto de 1907 — Rio de Janeiro - RJ, 12 de setembro de 1996) foi um político e militar brasileiro, tendo sido 4º Presidente do Brasil no regime militar brasileiro de 1974 a 1979.
Ernesto Geisel prometia, aos poucos, tornar o Brasil mais democrático durante seu governo. Mas, apesar disso, ele continuou a reprimir a oposição e a tortura de presos políticos gerou muito escândalo. Suas políticas evitaram o colapso da economia brasileira mas deixaram o país com grandes dívidas.


30. João Figueiredo - Partido Democrático Social - (1979-1985)
João Figueiredo
João Baptista de Oliveira Figueiredo (Rio de Janeiro – DF, 15 de janeiro de 1918 — Rio de Janeiro - RJ, 24 de dezembro de 1999) foi um geógrafo, político e militar brasileiro. Foi o último presidente do período da ditadura militar.
O governo de João Figueiredo marcou uma abertura muito maior à democracia. Ele permitiu a existência de mais de 2 partidos e permitiu eleições um pouco mais livres. Seu governo também modernizou muito a agricultura do país. Ele foi o último presidente do regime militar.


Tancredo Neves
Tancredo Neves
Tancredo de Almeida Neves (São João del-Rei - MG, 4 de março de 1910 — São Paulo -SP, 21 de abril de 1985) foi um advogado, empresário e político brasileiro, tendo sido primeiro-ministro do Brasil e presidente da república eleito mas não empossado.
Tancredo Neves, do partido de oposição a João Figueiredo, ganhou as eleições de 1985 mas adoeceu subitamente e morreu sem tomar posse.



31. José Sarney - Partido do Movimento Democrático Brasileiro - (1985-1990)
José Sarney
José Ribamar Ferreira de Araújo Costa (Pinheiro - MA, 24 de abril de 1930), é um advogado, político e escritor brasileiro, que serviu como 31.º Presidente (1985-1990). 
José Sarney, o vice-presidente de Tancredo Neves, tomou posse e governou em seu lugar. Ele restabeleceu a democracia, aprovando uma nova Constituição, realizando eleições diretas e acabando com a repressão política. Mas, na economia, a inflação ficou descontrolada.


32. Fernando Collor de Mello - Partido da Reconstrução Nacional - (1990-1992)
Fernando Collor
Fernando Affonso Collor de Mello (Rio de Janeiro - RJ, 12 de agosto de 1949), mais conhecido como Fernando Collor, é um político brasileiro. Foi o 32º Presidente do Brasil, de 1990 até renunciar em 1992.
Collor de Mello foi o presidente mais jovem do Brasil. Seu governo foi marcado por políticas econômicas controversas, que não conseguiram travar a inflação descontrolada. Em 1992, ele foi afastado da presidência por um processo de impeachment, por envolvimento em corrupção.


33. Itamar Franco - Partido do Movimento Democrático Brasileiro - (1992-1995)
Itamar Franco
Itamar Augusto Cautiero Franco (Mar territorial brasileiro, 28 de junho de 1930 – São Paulo - SP, 2 de julho de 2011) foi um político brasileiro. Foi o 33.º presidente da República, tendo governado entre 1992 e 1995 após seu antecessor, Fernando Collor, ter sido afastado da presidência por um processo de impeachment.
Sendo o vice-presidente, Itamar Franco assumiu a presidência quando Collor de Mello foi afastado. Depois de algumas tentativas falhadas para restaurar a economia, ele criou o Plano Real, que resolveu a crise de inflação.


34. Fernando Henrique Cardoso - Partido da Social Democracia Brasileira - (1995-2003)
Fernando Henrique
Cardoso
Fernando Henrique Cardoso, (Rio de Janeiro - RJ, 18 de junho de 1931), é um sociólogo, cientista político, professor universitário, escritor e político brasileiro. Foi o 34. º presidente da República Federativa do Brasil entre 1995 e 2003.
Fernando Henrique Cardoso foi o primeiro presidente a servir por dois turnos seguidos. Ele continuou com o Plano Real, que estabilizou a economia, mas mais tarde enfrentou outra crise econômica. Seu governo foi marcado por muitas privatizações, uma forte aposta na política internacional e políticas para melhorar a educação.

35. Luiz Inácio Lula da Silva - Partido dos Trabalhadores - (2003-2011)
Luiz Inácio
Lula da Silva
Luiz Inácio Lula da Silva (Caetés - PE, 27 de outubro de 1945), é um político, ex-sindicalista e ex-metalúrgico brasileiro, o 35.º presidente do Brasil entre 2003 e 2011. Membro fundador e presidente de honra do Partido dos Trabalhadores, elegeu-se presidente da República na eleição de 2002, sendo reeleito em 2006.
Enquanto servia como presidente, Lula era muito popular e conseguiu ser eleito duas vezes. Suas políticas diminuíram a pobreza e a desigualdade no país e conseguiram manter a economia estável. Seu governo foi muito elogiado internacionalmente mas ele também foi acusado de corrupção.


36. Dilma Rousseff  - Partido dos Trabalhadores - (2011-2016)
Dilma Rousseff  
Dilma Vana Rousseff (Belo Horizonte - MG, 14 de dezembro de 1947) é uma economista e política brasileira, filiada ao Partido dos Trabalhadores (PT) e 36.ª presidente do Brasil, tendo exercido o cargo de 2011 até seu afastamento por um processo de impeachment em 2016.
Dilma Rousseff foi a primeira mulher a se tornar presidente (ou “presidenta”) do Brasil e foi eleita duas vezes. Ela continuou com as políticas sociais de Lula mas quando o país entrou em crise rapidamente perdeu a popularidade. Seu governo organizou a Copa do mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Dilma foi afastada por um processo de impeachment.

37. Michel Temer  - Partido do Movimento Democrático Brasileiro - (2016-2018)
Michel Temer
Michel Miguel Elias Temer Lulia (Tietê - SP, 23 de setembro de 1940) é um político, advogado e escritor brasileiro, atual presidente da República Federativa do Brasil, empossado após o impeachment da titular, Dilma Rousseff.
Como vice-presidente de Dilma Rousseff, Temer assumiu o poder quando ela foi afastada. Seu governo tem sido marcado pela Operação Lava Jato, uma investigação sobre corrupção em grande escala entre os políticos brasileiros. Ele também é suspeito de corrupção.





38. Jair Bolsonaro - Partido Social Liberal  - (2019-2022)
Jair Messias Bolsonaro (Glicério - SP, 21 de março de 1955) é um ex militar (expulso do exército), político e presidente eleito do Brasil.

segunda-feira, 8 de outubro de 2018

Atos Institucionais elaborados na ditadura militar

Os chamados Atos Institucionais foram normas especiais elaboradas por Comandantes do Estado Maior: Chefe do Exército, da Marinha e da Aeronáutica ou pelo Presidente da República, com o respaldo do Conselho de Segurança Nacional, entre os anos de 1964 e 1969. Elas estavam acima de todas as outras normas e até mesmo da Constituição e não estão mais em vigor desde o fim do Regime Militar.

Ex-presidente João Goulart, deposto pelos militares em 1964.
Em 31 de março de 1964, tropas militares desencadeiam o movimento golpista contra João Goulart. O movimento conspirador que depôs Jango da Presidência da República reuniu os mais variados setores sociais, desde as elites industriais e agrárias (empresários e latifundiários), banqueiros, Igreja Católica e os próprios militares. Todos temiam que o Brasil caminhasse para um regime socialista. Uma semana depois de derrubar o governo constitucional, os chefes militares decretam o Ato Institucional que revoga garantias democráticas da Constituição em vigor desde 1946. O Ato, que seria o primeiro de uma série de decretos autoritários, instituiu o Comando Supremo da Revolução, formado pelos ministros militares que já vinham exercendo o poder: Costa e Silva, da Guerra (Exército); Augusto Rademaker, da Marinha; e Correia de Melo, da Aeronáutica,  que também eram ministros e que de fato exerciam o poder durante o segundo período de Ranieri Mazzilli na presidência. 

AI-1 de 9 de abril de 1964, por Arthur da Costa e Silva - Eleições indiretas para presidente e perseguição política. Determina eleições indireta para presidente e vice e confere aos militares o poder de suspender direitos políticos e cassar mandatos legislativo.
  • Ficaram suspensos por dez anos os direitos políticos de todos os cidadãos vistos como opositores ao regime, dentre eles congressistas, militares e governadores, dentre eles, figuras políticas relevantes como João Goulart, Jânio Quadros, Leonel Brizola e Luís Carlos Prestes, além de desembargadores, lideres sindicais, jornalistas, dentre outros. 
  • Neste período, surgia a ameaça de cassações, prisões, enquadramento como subversivos e eventual expulsão do país. Foram cassados os mandatos de 40 membros do Congresso Nacional, que já haviam sido incluídos no ato de suspensão dos direitos políticos, também transferiu para a reserva cento e vinte e dois oficiais das três Forças Armadas (77 do Exército, 14 da Marinha e 31 da Aeronáutica) e suspendeu, por dez anos, os direitos políticos de 62 pessoas - dentre as quais, 36 oficiais já atingidos anteriormente.
  • A eleição indireta do presidente da República foi institucionalizada. Desta forma apenas o colégio eleitoral composto pelos congressistas, que supostamente representavam os anseios e desejos da população, poderia eleger o Presidente da República.
  • A Constituição da República foi suspensa por seis meses e com ela, todas as garantias constitucionais. 

AI-2 de 27 de outubro de 1965, por Humberto Castello Branco - Fim dos partidos políticos. Acaba com os partidos políticos existentes e dá ao presidente o direito de decretar estado de sítio por 180 dias sem consulta prévia ao Congresso.

  • Fim de partidos políticos: União Democrática Nacional (UDN), Partido Social Democrático (PSD), Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), Partido Social Progressista (PSP), Partido Republicano (PR), Partido Democrata Cristão (PDC); Partido da Representação Popular (PRP) e Partido Comunista (PCB).
  • Estabeleceu as sanções a serem estabelecidas contra as pessoas com direitos políticos cassados que se manifestassem politicamente, o que passou a ser qualificado como crime.
  • Estabeleceu a nova legislação partidária, fixando os dois partidos políticos que poderiam existir: Aliança Renovadora Nacional (Arena) e Movimento Democrático Brasileiro (MDB). A ARENA representava os militares; já o MDB era um partido de oposição controlado pelo regime militar.
AI-3 de 5 de fevereiro de 1966, por Castello Branco - Eleições indiretas também para governador e prefeito. Estabelece eleições indiretas nacionais, estaduais e municipais; permite que senadores e deputados exerçam o cargo de prefeito de capitais

AI-4 de 12 de dezembro de 1966, por Castello Branco - Novas leis. Convoca o Congresso Nacional para discussão, votação e promulgação de nova Constituição.

AI-5 de 13 de dezembro de 1968, por Arthur da Costa e Silva - Suspensão de direitos. Proíbe manifestações e permite ao presidente fechar o Congresso, suspender direitos políticos e restringir qualquer direito público ou privado.

AI-6 de 1º de fevereiro de 1969, por Costa e Silva - Mais poderes para os militares. Reduz para 11 os ministros do STF; estabelece que crimes de civis contra a segurança nacional sejam julgados pela Junta Militar e não pelo Judiciário.

AI-7 de 26 de fevereiro de 1969, por Costa e Silva - Fim de eleições. Suspende eleições para cargos executivos e legislativos no âmbito federal, estadual e municipal, cabendo ao presidente marcá-las quando quiser.

AI-8 de 2 de abril de 1969, por Costa e Silva - Reforma Administrativa em estados e municípios. Atribui competência para realizar Reforma Administrativa ao Poder Executivo dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios de população superior a duzentos mil habitantes.

AI-9 de 25 de abril de 1969, por Costa e Silva - Reforma Agrária. Dá nova redação ao artigo 157 da Constituição Federal de 1967, que dispõe sobre desapropriação de imóveis e territórios rurais.

AI-10 de 16 de maio de 1969, por Costa e Silva - Punições para além da vida política. Define que inimigos do regime percam seus cargos na administração direta ou indireta, em instituições de ensino e organizações de interesse nacional.

AI-11 de 14 de agosto de 1969, por Costa e Silva - Novo calendário eleitoral. Dispõe sobre o tempo de mandato dos Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores e sobre as eleições para esses cargos no dia 30 de novembro de 1969; extingue a Justiça da Paz eletiva.

AI - 12 de 1º de setembro de 1969, por Costa e Silva - Estabelece que uma junta militar. Confere aos Ministros da Marinha de Guerra, do Exército e da Aeronáutica Militar as funções exercidas pelo Presidente da República, Marechal Arthur da Costa e Silva, enquanto durar sua enfermidade;

AI-13 de 5 de setembro de 1969, por Augusto Grünewald - Exilar Brasileiros. Autoriza o governo a banir do país qualquer brasileiro que "se tornar inconveniente, nocivo ou perigoso à segurança nacional.

AI-14 de 5 de setembro de 1969, por Augusto Grünewald - Aplicação da pena de morte. Dá nova redação ao artigo 15, §11 da Constituição Federal de 1967; garante a vigência de Atos Institucionais, Atos Complementares, leis, decretos-leis, decretos e regulamentos que dispõem sobre o confisco de bens em casos de enriquecimento ilícito; exclui da apreciação judicial atos praticados de acordo com suas normas e Atos Complementares decorrentes.

AI-15 de 11 de setembro de 1969, por Augusto Grünewald - Censura à imprensa. Define os crimes de guerra psicológica e revolucionária e diz que jornalistas podem ser presos se divulgarem notícia "falsa, tendenciosa ou deturpada".

AI-16 de 14 de outubro de 1969, por Augusto Grünewald - Novas eleições indiretas. Declara vagos os cargos de presidente e vice-presidente, marcando data para eleições indiretas (nas quais Emílio Garrastazu Médici é eleito).

AI-17 de 14 de outubro de 1969, por Augusto Grünewald - Conter a oposição militar. Autoriza o Presidente da República a transferir para reserva, por período determinado, os militares que hajam atentado ou venham a atentar contra a coesão das Fôrças Armadas.

segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Os povos nativos da América do Sul: Tribos Indígenas

Povos Indígenas no Brasil: os tupis-guaranis, os jês ou tapuias, os aruaques ou maipurés e os caraíbas ou caribes
A região que hoje é ocupada pelo Brasil era habitada por cerca de quatro milhões de índios quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral aportou. A maioria era constituída por coletores e caçadores.
Os portugueses tiveram mais contato com os tupis-guaranis, que viviam no litoral. Todo o interior do vasto território brasileiro permaneceu inexplorado.
Os tupis-guaranis viviam em aldeias populosas, que tinham de 500 a 750 habitantes. Praticavam a caça, a pesca e a coleta de raízes e frutos, além da agricultura.
É importante a influência dos índios na cultura brasileira. O idioma português falado no Brasil incorporou muitas palavras indígenas. A forte expressão artística dos diversos povos, com domínio do uso da cor, é uma riqueza valorizada pelos brasileiros. Na culinária, a mandioca, a pipoca, o mingau, a tapioca, o pirão e o beiju são de origem indígena, assim como o hábito do banho diário. Nos cuidados com a saúde, os brasileiros aprenderam com os índios a usar os remédios naturais das plantas, em forma de chás, xaropes e compressas. Na música, nos cantos, no uso da rede, no artesanato e em muitas outras coisas, a cultura brasileira mostra sinais da presença indígena.

domingo, 19 de agosto de 2018

Os povos nativos da América do Norte: Tribos Indígenas

Os povos nativos da América do Norte ocupavam grande parte do território antes da chegada dos europeus (séculos XVII). Com o início da colonização da América do Norte pelos ingleses, franceses e espanhóis, estas tribos foram, aos poucos, perdendo suas terras e identidade cultural. Atualmente, os poucos descendentes destes povos vivem em reservas indígenas estabelecidas,pelo governo dos EUA, a partir do século XX.
Os povos nativos dos Estados Unidos possuíam alguns aspectos culturais, religiosos e políticos comuns entre si. Porém, cada povo possuía sua identidade cultural própria.
Algumas características culturais comuns:
  • Viviam em habitações semelhantes a tendas, confeccionadas com peles de animais e galhos de árvores.
  •  Viviam da agricultura, caça (principalmente de bisão americano) e pesca.
  • Os povos eram divididos em tribos. As tribos possuíam uma subdivisão que eram os clãs (famílias).
  • A maioria dos povos indígenas americanos possuíam crenças religiosas, embora não estivessem organizadas em religiões. Acreditavam, principalmente, na existência de um criador de tudo, chamado por eles de o “Grande Espírito”. Cada tribo possuía um índio, geralmente mais velho, responsável por rituais de cura e transmissão das tradições.
  • Consideravam a terra e os elementos da natureza como sendo sagrados.

No século XIX se intensificou a conquista do oeste do território dos EUA por parte dos colonos americanos. Estes buscavam territórios para fundar cidades, praticar a agricultura e explorar minas de ouro e riquezas naturais (principalmente madeira).
Neste processo, ocorreram guerras entre estes colonos e os povos indígenas que habitavam a região. Esta conquista foi sangrenta, pois os colonos, organizados em exércitos, utilizaram armas de fogo. Já os nativos americanos combateram, principalmente, com arcos e flechas e lanças de madeira.
As maiores batalhas de colonos americanos contra nativos ocorreram na segunda metade do século XIX. Em 1868, ocorreu a sangrenta batalha de Washita entre colonos americanos e índios cheyennes. Outro conflito militar de grande importância ocorreu em 1890 entre o povo Sioux e os conquistadores americanos.
No começo do século XX, grande parte do território central e oeste dos Estados Unidos tinha sido conquistado pelos colonos americanos. Os poucos índios que sobreviveram às guerras ficaram confinados em pequenos territórios.
Principais tribos indígenas: Sioux (região norte dos EUA); Blackfeet (região centro-norte); Cheyenne (região centro-sul); Apache (região sul); Creek (região sudeste); Kaw (região central);  Arapaho (região central); Comanche (região sul); Cherokee (costa leste) e Navaho ( Navajos) (região sudoeste).