O adestramento (em francês, dressage, derivada do verbo dresser, que significa "treinar"), também chamado "Ensino de competição", é uma das três modalidades equestres olímpicas, regulada pela Federação Equestre Internacional (FEI). O objetivo geral da dressage é auxiliar o cavalo a desenvolver, através de diversos exercícios, a capacidade de executar todos os seus movimentos naturais, tornando-o um animal flexível, calmo, atento ao cavaleiro e, portanto, agradável de se montar.
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Apresentação da Escola Espanhola de Equitação de Viena |
Animais que atingem tal nível de treinamento devem dar a impressão de "flutuar" pela pista sem o auxílio do seu cavaleiro, com os movimentos mais complexos realizados sem esforço aparente. Por isso, a modalidade é muitas vezes conhecida como "Ballet Equino".
As origens da dressage se encontram nos escritos de Xenofonte, da Grécia Antiga, que pregava o treinamento dos cavalos sem violência e seguindo sua movimentação natural. Não se sabe se os célebres cavaleiros da Idade Média seguiam seus métodos, embora isso seja provável - as evidências de manuscritos onde há instruções detalhadas para o combate montado sugerem uma movimentação de caráter fluido e natural.
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Apresentação da Escola Nacional de Equitação de Saumur |
A Escola de Equitação Espanhola (Spanische Hofreitschele) fundada em 1572 pelos Habsburgos, cria e treina cavalos vindos da Espanha. Hoje são realizadas apresentações de 80 minutos no edifício conhecido como Escola de Inverno de Equitação. O espetáculo equestre é realizado por espécies Lipizzaner, um cruzamento de cavalos árabes, bérberes e espanhóis. Os cavalos levam este nome por causa do haras em Lipizza, na Eslovênia. Os cavalos saem da Escola Espanhola de Equitação e treinam durante oito anos para poderem atuar. Um show Lipizzaner é bastante impressionante. Estes graciosos garanhões executam um balé equino durante uma seleção de músicas clássicas enquanto os lustres brilham logo acima.
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Apresentação da Escola Portuguesa de Arte Equestre |
A Escola Portuguesa de Arte Equestre proporciona uma experiência fantástica de volta ao passado. Essa escola está localizada nos jardins do Palácio Nacional de Queluz e faz apresentações impecáveis que deixam os espectadores perplexos, tamanho traquejo e delicadeza de cada formação e da intimidade ente cavaleiro e cavalo. Considerada Patrimônio Cultural, tem como objetivo, além de manter a tradição, divulgar e ensinar novos adeptos e assim perpetuar essa, que é uma das principais tradições culturais portuguesas. Além do tratamento, treinamento e ensino, a Escola Portuguesa de Arte Equestre adquiriu o acervo da Biblioteca de Arte Equestre de D. Diogo de Bragança, quando do seu falecimento em 2012. D. Diogo, cavaleiro de primeira linha, colecionou e publicou inúmeros estudos sobre a Arte Equestre. Além de obras de vários autores, a biblioteca conta com um acervo de manuscritos, gravuras e livros do século XVI até o século XX.
© 2023: Gomes; Sinésio Raimundo. Última atualização: 15/05/2023
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