quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Dilbert 30 anos, engenheiro.


Dilbert foi inspirado em vários colegas de trabalho de Scott Adams, e as primeiras tiras eram baseadas no seu dia-a-dia no Crocker National Bank e na Pacific Bell. Mostrando funcionários de grandes empresas como vítimas de gerentes incompetentes e colocando-os em situações ridículas e absurdas. O bonequinho sem boca foi incluído em 1996 pela revista People em sua lista das 25 personalidades mais interessantes do país, no ano seguinte, Dilbert apareceu na capa da revista Time, como uma das 25 figuras mais influentes dos EUA.
Vários críticos já apontaram que as tiras fazem humor à custa da imbecilidade dos chefes mas nunca abordam as razões desse comportamento, não dando abertura para um questionamento dos problemas reais das grandes corporações. Adams esquiva-se de responder com interpretações mais profundas e afirma que o objetivo das tiras é simplesmente divertir: "Minha meta não é mudar o mundo, somente ganhar algum dinheiro e fazer com que vocês riam um pouco."
Dilbert está mergulhado em burocracia e cercado de incompetência, seu trabalho é como uma tortura inevitável. 
O Princípio Dilbert nasceu como artigo para o Wall Street Journal e transformou-se depois em livro. O conceito básico do Princípio Dilbert é que os funcionários mais ineficazes são sistematicamente transferidos para onde podem causar menos danos: a gerência. Isto é uma adaptação do Princípio de Peter, segundo o qual os funcionários capazes iriam sendo promovidos até alcançarem o seu nível de incompetência. A diferença introduzida por Adams está em outro conceito: "As pessoas são idiotas. Inclusive eu. (...) A única diferença é que somos idiotas em áreas diferentes, em diferentes ocasiões. Por mais esperto que seja, você passa a maior parte do dia agindo feito um idiota. Essa é a premissa básica desta obra tão erudita." E agora? Você prefere ser chamado de incompetente por Peter ou de idiota por Adams?