terça-feira, 14 de março de 2017

Esopo - O Fabulista.

Esopo foi um fabulista grego, nascido na Trácia (região da Ásia Menor), do século VI a.C.. Personagem quase mítico, sabe-se que foi um escravo libertado pelo seu último senhor, o filósofo Janto (Xanto).
Considerado o maior representante do estilo literário "Fábulas", possuía o dom da palavra e a habilidade de contar histórias curtas retratando animais e a natureza e que invariavelmente terminavam com tiradas morais. As suas fábulas inspiraram Jean de La Fontaine e foram objeto de milhares de citações através da história (Heródoto, Aristófanes, Platão, além de diversos filósofos e autores gregos).
As primeiras versões escritas das fábulas de Esopo datam do séc. III d. C. Muitas traduções foram feitas para várias línguas, não existindo uma versão que se possa afirmar ser mais próxima da original. Destaca-se, entre os estudiosos da obra esopiana, Émile Chambry, profundo conhecedor da língua e da cultura gregas. Em 1925 o escrito Chambry publicou, Aesopi - Fabulae (Fábulas de Esopo), contendo 358 fábulas atribuidas ao grande mestre das fábulas.

Muitas fábulas de Esopo destacam a injustiça gritante e arrogância que dominam as relações entre os seres humanos, sem ser capaz de propor uma regra positiva de conduta. Outras fábulas ridicularizam a estupidez, mesquinhez de espírito, ou a vaidade tola dos homens como ocorre "A Raposa e as Uvas" . Em alguns casos, por fim, a fábula de Esopo reflete as duras condições que regem a existência humana.
A Raposa e as Uvas, O Leão e o Rato e O Asno em Pele de Leão são exemplos conhecidos entre as centenas de fábulas que produziu.


sexta-feira, 3 de março de 2017

Esopo - A Raposa e as Uvas

A Raposa e as Uvas
Só quando reconhecemos nossas limitações
é que estamos prontos para superá-las...
Uma Raposa, morta de fome depois de um jejum não intencional, viu, ao passar diante de um pomar, penduradas nas ramas de uma viçosa videira, alguns cachos de exuberantes Uvas negras, e o mais importante, maduras.
Não pensou duas vezes, e depois de certificar-se que o caminho estava livre de intrusos, resolveu colher seu alimento.
Para isso não poupou esforços. E usando os seus dotes, conhecimentos e artifícios resolveu pegá-las. Mas, estavam fora do seu alcance, e depois de muitas tentativas sem nada conseguir, desistiu.
Desolada, cansada, faminta, frustrada com o insucesso de sua empreitada, suspirando, deu de ombros, e se deu por vencida.
Por fim deu meia volta e foi embora. Saiu consolando a si mesma, desapontada, dizendo:
"Na verdade, olhando agora com mais atenção, percebo agora que as Uvas estão todas estragadas, e não maduras, como eu imaginei a princípio..."
Moral da História: Ao não reconhecer ou aceitar as próprias limitações, perde o indivíduo a oportunidade de ouro de corrigir suas falhas...

Figuras destas fábulas desenhada em quadrinhos por Ricardo Tadeu << http://centraldequadrinhos.com - Sketch 65 - Fábulas - Ricardo Tadeu >>.

quinta-feira, 2 de março de 2017

Esopo - O Leão e o Rato

O Leão e o Rato
Boas ações praticadas, bons frutos criados...
Um Leão dormia sossegado, quando foi despertado por um Rato, que passou correndo sobre seu rosto. 
Com um bote ágil ele o pegou, e estava pronto para matá-lo, ao que o Rato suplicou: "Ora, veja bem, se o senhor me poupasse, tenho certeza de que um dia poderia retribuir seu gesto de bondade..."
Apesar de rir por achar ridícula tal possibilidade, ainda assim, como não tinha nada a perder, ele resolveu libertá-lo.
Aconteceu que, pouco tempo depois, o Leão caiu numa armadilha colocada por caçadores. Assim, preso ao chão, amarrado por fortes cordas, completamente indefeso e refém do fatídico destino que certamente o aguardava, sequer podia mexer-se.
O Rato, reconhecendo seu rugido, se aproximou e roeu as cordas até deixá-lo livre. Então disse:
"O senhor riu da simples ideia de que eu, um dia, seria capaz de retribuir seu favor. Mas agora sabe que, mesmo um pequeno Rato, é capaz de fazer um grande favor a um poderoso Leão..."

Moral da História: Nenhum ato de gentileza é coisa vã. Não podemos julgar a importância de um favor, pela aparência ou status do benfeitor.

Figuras destas fábulas desenhada em quadrinhos por Ricardo Tadeu << http://centraldequadrinhos.com - Sketch 65 - Fábulas - Ricardo Tadeu >>.

quarta-feira, 1 de março de 2017

Esopo - O Asno em Pele de Leão

O Asno em Pele de Leão
Por trás das grandes muralhas sempre
se esconde um pequeno indivíduo..
Um Asno, ao encontrar uma pele de Leão, resolve então colocá-la sobre seu dorso, e a partir daí, vagava pela floresta divertindo-se com o pavor que causava aos animais que ia encontrando pelo seu caminho.

Por fim, encontra uma Raposa, e também tenta amedrontá-la. Mas a Raposa, tão logo escuta o som de sua voz, olha-o de cima a baixo, e exclama com ironia:
"Sabe, eu certamente teria me assustado, se antes, não tivesse escutado o seu inconfundível Zurro..."

Moral da História: Um tolo pode se esconder por trás das aparências, mas suas palavras acabarão por revelar à todos sua verdadeira personalidade...

Figuras destas fábulas desenhada em quadrinhos por Ricardo Tadeu << http://centraldequadrinhos.com - Sketch 65 - Fábulas - Ricardo Tadeu >>.