segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Os povos nativos da América do Sul: Tribos Indígenas

Povos Indígenas no Brasil: os tupis-guaranis, os jês ou tapuias, os aruaques ou maipurés e os caraíbas ou caribes
A região que hoje é ocupada pelo Brasil era habitada por cerca de quatro milhões de índios quando a esquadra de Pedro Álvares Cabral aportou. A maioria era constituída por coletores e caçadores.
Os portugueses tiveram mais contato com os tupis-guaranis, que viviam no litoral. Todo o interior do vasto território brasileiro permaneceu inexplorado.
Os tupis-guaranis viviam em aldeias populosas, que tinham de 500 a 750 habitantes. Praticavam a caça, a pesca e a coleta de raízes e frutos, além da agricultura.
É importante a influência dos índios na cultura brasileira. O idioma português falado no Brasil incorporou muitas palavras indígenas. A forte expressão artística dos diversos povos, com domínio do uso da cor, é uma riqueza valorizada pelos brasileiros. Na culinária, a mandioca, a pipoca, o mingau, a tapioca, o pirão e o beiju são de origem indígena, assim como o hábito do banho diário. Nos cuidados com a saúde, os brasileiros aprenderam com os índios a usar os remédios naturais das plantas, em forma de chás, xaropes e compressas. Na música, nos cantos, no uso da rede, no artesanato e em muitas outras coisas, a cultura brasileira mostra sinais da presença indígena.

domingo, 19 de agosto de 2018

Os povos nativos da América do Norte: Tribos Indígenas

Os povos nativos da América do Norte ocupavam grande parte do território antes da chegada dos europeus (séculos XVII). Com o início da colonização da América do Norte pelos ingleses, franceses e espanhóis, estas tribos foram, aos poucos, perdendo suas terras e identidade cultural. Atualmente, os poucos descendentes destes povos vivem em reservas indígenas estabelecidas,pelo governo dos EUA, a partir do século XX.
Os povos nativos dos Estados Unidos possuíam alguns aspectos culturais, religiosos e políticos comuns entre si. Porém, cada povo possuía sua identidade cultural própria.
Algumas características culturais comuns:
  • Viviam em habitações semelhantes a tendas, confeccionadas com peles de animais e galhos de árvores.
  •  Viviam da agricultura, caça (principalmente de bisão americano) e pesca.
  • Os povos eram divididos em tribos. As tribos possuíam uma subdivisão que eram os clãs (famílias).
  • A maioria dos povos indígenas americanos possuíam crenças religiosas, embora não estivessem organizadas em religiões. Acreditavam, principalmente, na existência de um criador de tudo, chamado por eles de o “Grande Espírito”. Cada tribo possuía um índio, geralmente mais velho, responsável por rituais de cura e transmissão das tradições.
  • Consideravam a terra e os elementos da natureza como sendo sagrados.

No século XIX se intensificou a conquista do oeste do território dos EUA por parte dos colonos americanos. Estes buscavam territórios para fundar cidades, praticar a agricultura e explorar minas de ouro e riquezas naturais (principalmente madeira).
Neste processo, ocorreram guerras entre estes colonos e os povos indígenas que habitavam a região. Esta conquista foi sangrenta, pois os colonos, organizados em exércitos, utilizaram armas de fogo. Já os nativos americanos combateram, principalmente, com arcos e flechas e lanças de madeira.
As maiores batalhas de colonos americanos contra nativos ocorreram na segunda metade do século XIX. Em 1868, ocorreu a sangrenta batalha de Washita entre colonos americanos e índios cheyennes. Outro conflito militar de grande importância ocorreu em 1890 entre o povo Sioux e os conquistadores americanos.
No começo do século XX, grande parte do território central e oeste dos Estados Unidos tinha sido conquistado pelos colonos americanos. Os poucos índios que sobreviveram às guerras ficaram confinados em pequenos territórios.
Principais tribos indígenas: Sioux (região norte dos EUA); Blackfeet (região centro-norte); Cheyenne (região centro-sul); Apache (região sul); Creek (região sudeste); Kaw (região central);  Arapaho (região central); Comanche (região sul); Cherokee (costa leste) e Navaho ( Navajos) (região sudoeste).

sábado, 18 de agosto de 2018

Os povos nativos da América: Incas

A civilização Inca eram chefiada por um imperador que além de chefe militar era considerado um deus na terra, “o filho do sol”. O auge desta civilização ocorreu nos séculos XI e XVI, entre 1438 até a chegada dos espanhóis em 1531. Cuzco era a capital do império e além dela tinha outra cidade importante chamada de Machu Picchu, que hoje é muito visitada e que mostra a grandiosidade do Império Inca.
O império era composto de aproximadamente seis milhões de pessoas onde predominava a servidão coletiva e uma sociedade fortemente hierarquizada. As terras eram propriedades do imperador.
Tropas espanholas sobre o comando de Francisco Pizarro tentaram conquistar o império. A resistência Inca durou 40 anos  até a morte de seu último imperador, Túpac Amaru, em 1572, quando em definitivo os espanhóis puseram fim à independência dos Incas.
Os incas viviam nos planaltos andinos, ocupando a região que corresponde ao Equador, à Colômbia, à Venezuela, ao Peru, à Bolívia e ao Chile. Dedicavam-se à agricultura e ao pastoreio e viviam em aldeias.
Politicamente, eles se organizavam em uma espécie de monarquia teocrática, onde o imperador era uma espécie de semideus, sendo o seu governo vitalício e hereditário.
Abaixo do imperador, que era chamado de o inca, existiam os sacerdotes, os comandantes do exército e os chefes das quatro grandes regiões em que o império se dividia. A capital do seu império ficava em Cuzco (localizada no atual Peru), mas nesse império também existiram outras importantes cidades como Ingapirca e Machu-Picchu.
Em geral, os incas dominavam os povos vizinhos de forma “pacífica” respeitando a língua e a cultura local. Dessa forma, várias nações (por volta de 700 grupos) se associavam a esse grande império, pagando os seus tributos, em troca da proteção que ele poderia oferecer.
A economia era predominantemente agrícola, mas também, existia um comércio interno bem desenvolvido, que era baseado no escambo, já que não existia uma moeda. A produção agrícola baseava-se no cultivo de batatas variadas, milho, pimenta, algodão, tomates, amendoim, mandioca e quinoa.
A produção mineradora não era muito intensa, já que o ouro não tinha valor comercial.
A religião era politeísta e sua principal divindade era o sol e, por isso, o ouro era utilizado para fazer uma série de adornos usados para cultuar esse deus. Além disso, eles também construíram pirâmides e grandes templos, cravados nas encostas das montanhas.
No campo das artes plásticas, os incas se destacam na produção de esculturas, cerâmica, adornos e tecidos. Nos desenhos que faziam a ornamentação dessas peças eles usavam formas geométricas abstratas, representação de animais altamente estilizados e simbologias que representavam os seus deuses. Na música, eles desenvolveram vários instrumentos de percussão e de sopro.
Apesar de não existir escrita, desenvolveram conhecimentos científicos na astronomia, na matemática, na medicina além de produzirem calendários extremamente precisos.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

Os povos nativos da América: Maias

Os maias formavam uma civilização avançada, e tinham uma escrita hieroglífica e uma agricultura bem desenvolvida.
Os maias tinham o seu centro na península de Iucatã, na região sudeste do atual México, e conheceu seu apogeu entre os séculos III e XI, quando ouve um processo de intensa urbanização.
A política era descentralizada. Era extremamente hierarquizada e a sociedade maia contava em cada cidade-estado com uma autoridade máxima, de caráter hereditário, dita halach-uinic ou “homem de verdade”, que era assistido por um conselho de notáveis, composto pelos principais chefes e sacerdotes. Organiza-se em Cidades-estados, como Palenque, Tikal e Copan. O domínio social era exercido por uma elite religiosa e militar de caráter hereditário.
A base econômica dos Maias era a agricultura, seu principal produto era o milho, mas também cultivavam algodão, tomate, cacau, batata e frutas. Suas plantações foram cultivadas em larga escala com a ajuda de um sistema de irrigação desenvolvido por eles.
As atividades comerciais, também eram bastante comuns, e eles utilizavam sementes de cacau e sinetas de cobre como moedas de troca. Dessa forma, surgiu nessa civilização, uma rica classe de comerciantes que gozavam de grandes privilégios.
Os Maias foram os únicos povos da América pré-colombiana que desenvolveram um sistema de escrita. Ela era organizada a partir de uma combinação de símbolos fonéticos e de ideogramas, o que dava grande eficiência para registrar todas as particularidades da língua falada.
A religião Maia é politeísta e apresenta uma grande complexidade de deuses. O sol e a lua representam divindades, assim como alguns animais como o colibri azul e a serpente emplumada (essa última divindade provavelmente surgiu do contato com os astecas).
Nos ritos religiosos era comum se ofertar flores e alimento aos deuses, ou o sangue provido dos sacrifícios que eles realizavam.
Eles se destacaram pela rica arquitetura das pirâmides, templos, praças e prédios públicos que marcavam a área central das suas cidades. A pintura era bem refinada e em alguns casos estava associada a altos relevos e a cerâmica.
A matemática era bastante desenvolvida. Na astronomia, conseguiram atingir observações extremamente precisas. Eles desenvolvessem um complexo sistema de calendário que previa um tempo que se desenvolvia em forma de uma espiral, que de tempos em tempos, se encerrava um ciclo para iniciar um novo.
O declínio dos maias ainda é um mistério para os estudiosos dessa civilização, atualmente, acredita-se que ele seja a consequência de um excesso de população e de condições naturais adversas como prolongadas secas. Deste modo, vale destacar que, na chegada dos europeus durante o século 16, os Maias já eram uma civilização decadente.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Os povos nativos da América: Astecas

A civilização Asteca foi a mais grandiosa das civilizações da Mesoamérica (México, a Guatemala, Belize, São Salvador e a Honduras).
Os astecas viviam na região que hoje corresponde ao México. Ao chegar à região, encontraram os toltecas e se misturaram a eles. Formavam um povo guerreiro. O Império Asteca foi formado no século XV com quase 500 cidades e entrou em decadência com a invasão espanhola com Fernão Cortês, entre 1519 e 1521.
Dominavam a agricultura e se apoiavam em detalhado sistema de drenagem, além de técnicas de tecelagem e manipulação de ouro, prata e da pintura.
O Calendário Asteca, também conhecido como Pedra do Sol, é o calendário utilizado pelos astecas, povo que habitou a região do México até meados do século XVI. Este calendário era baseado no ano solar, assim possuindo 365 dias.
Tinham uma organização rígida com um imperador e um chefe do exército. Nas constantes guerras, tornaram-se dominantes dos povos vizinhos que eram de outras etnias, por meio de uma expansão militar. Os povos dominados passavam a pagar impostos ao império asteca, mas os seus governos locais eram mantidos e gozavam de uma relativa autonomia.
A economia baseava-se no comércio que adotava os grãos do cacau como principal moeda circulante. O imperador dirigia a “casta” sacerdotal na qual se apoiava a atividade agrícola.
As terras pertenciam a nobreza que usavam os camponeses como servos ou escravos na produção de alimentos, sobretudo o milho, que além de ser a base alimentar dos astecas, também era considerado um alimento sagrado por eles (devido a cor dourada dos grãos que lembravam o sol). O ouro praticamente não tinha valor comercial para os Astecas, mais muito usado na produção de adornos religiosos.
A religião Asteca era politeísta e tinha o sol e a serpente emplumada como suas principais divindades. Assim, eles acreditavam que seus deuses deveriam ser alimentados com sangue humano regularmente através de sacrifícios.
As pirâmides astecas, em geral utilizadas como templos, eram ornamentadas com peças de ouro e tinham seus degraus sempre banhados pelo sangue dos sacrifícios.
No campo da cultura, essa civilização se destacou pela rica arquitetura de suas construções, eles também construíram ilhas artificiais no lago de Texcoco.
Nas ciências, observa-se um bom desenvolvimento na matemática, astronomia e medicina.

quarta-feira, 15 de agosto de 2018

Sítios arqueológicos da Ilha de Marajó, no Amazonas

Pesquisas arqueológicas comprovam que a região amazônica já era habitada por povos caçadores-coletores há cerca de 12 mil anos. Por voltas de 2000 a.C., alguns desses povos descobriram a agricultura e a arte da cerâmica. Entre os anos 1000 a.C e 1000 d.C., surgiram ali sociedades mais complexas, com uma organização social hierárquica e um artesanato altamente desenvolvido. O centro de uma dessas sociedades parece ter se estabelecido nas proximidades da atual cidade de Santarém, no Pará.
Cerâmica Marajoara, encontrada em 1949.
Há cerca de 3 500 anos grupos de agricultores começaram a colonizar a Ilha de Marajó, na foz do rio Amazonas. Ali, por volta do ano 200, surgiu a mais notável cultura amazônica do período pré-colonial no Brasil: a civilização Marajoara.
Cerâmica Marajoara , encontrada em Rio Anjás, Ilha de Marajó Cerâmica Marajoara, encontrada em 1949
Um terceiro sítio arqueológico importante no Pará  é o de Pedra Pintada, no município de Monte Alegre. Ali, pesquisas recentes revelaram a presença de grupos humanos há cerca de 11 200 anos.
Por volta de 3500 a.C desenvolveu-se no sul e sudeste do Brasil um cultura de agricultores e ceramistas conhecida como povo de Itararé. Esses paleoíndios se instalaram em planaltos a mais de 800 metros acima do nível do mar, em regiões frias. Para se abrigar, eles construíram suas habitações abaixo do solo.
Para isso, escavaram buracos de até 8 metros de profundidade e 20 metros de diâmetro. Depois, cobriam-nos com um teto feito provavelmente de madeira, argila e gramíneas. As habitações se comunicavam entre si, por túneis, onde também ficavam guardados alimentos e certos objetos, como vasos de cerâmica.

terça-feira, 14 de agosto de 2018

Sítios arqueológicos do Solstício, no Amapá

O Parque Arqueológico do Solstício, no município de Calçoene, litoral do Amapá, abriga um conjunto megalítico formado por 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina. O círculo tem 30 m de diâmetro com pedras de granito com até 4 m de comprimento. Foi apelidado de “Stonehenge do Amapá”, em referência ao círculo neolítico da Inglaterra. Supõe-se que tenha sido um observatório astronômico de antigas populações indígenas que ocupavam a região, considerando que um dos blocos de pedra alinha-se com o solstício de dezembro. As pesquisas são muito recentes (iniciadas em 2006) mas já foram encontrados poços funerários, fragmentos de cerâmica e vestígios de aldeia de até 1km ao longo dos rios. A datação do círculo ainda é muito imprecisa, oscilando entre 500 e 2000 anos.
O sítio, já conhecido pela comunidade científica desde os anos 1950, constitui-se de pelo menos 127 rochas dispostas em formato circular, no topo de uma colina. Supõe-se que tenha sido construído como um antigo observatório astronômico pelos antigos povos indígenas que habitavam a região. O círculo megalítico tem 30 m de diâmetro, com pedras de granito com até 4 m de comprimento. Assemelha-se a um outro círculo megalítico encontrado na Guiana Francesa, cuja datação indica ter mais de 2 000 anos de idade. Provavelmente foi construído há mais de mil anos, e usado por pelo menos 300 anos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2018

Sítio Arqueológico do Ingá, na Paraíba

A Pedra do Ingá é um monumento arqueológico, identificado como "itacoatiara", constituído por um terreno rochoso que possui inscrições rupestres entalhadas na rocha, localizado no município brasileiro de Ingá no estado da Paraíba.
O termo "itacoatiara" vem da língua tupi: itá ("pedra") e kûatiara ("riscada" ou "pintada"). De acordo com a tradição, quando os índios potiguaras, que habitavam a região, foram indagados pelos colonizadores europeus sobre o que significavam os sinais inscritos na rocha, usaram esse termo para se referir aos mesmos.
A formação rochosa em gnaisse cobre uma área de cerca de 250 m². No seu conjunto principal, um paredão vertical de 50 metros de comprimento por 3 metros de altura, e nas áreas adjacentes, há inúmeras inscrições cujos significados ainda são desconhecidos. Neste conjunto estão entalhadas figuras diversas, que sugerem a representação de animais, frutas, humanos e constelações como a de Órion.
O sítio arqueológico fica a 109 km de João Pessoa e a 38 km de Campina Grande. O acesso ao local se dá pela BR 230, onde há uma entrada para a PB 90, na qual após percorrer 4,5 km chega-se ao núcleo urbano de Campina Grande. Atravessando a avenida principal da cidade, percorrem-se mais 5 km por estrada asfaltada até se chegar ao Sítio Arqueológico da Pedra do Ingá. No local há um prédio de apoio aos visitantes e as instalações de um museu de História Natural, com vários fósseis e utensílios líticos encontrados na região onde hoje fica a cidade.
O sítio arqueológico está numa área, outrora privada, que foi doada ao Governo Federal brasileiro e posteriormente tombada como Monumento Nacional pelo extinto Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, a 30 de novembro de 1944.

domingo, 12 de agosto de 2018

Sítios arqueológicos do Seridó, no Rio Grande do Norte

Entre o sertão do Rio Grande do Norte e da Paraíba há uma região chamada Seridó. As pesquisas nesta região estão surpreendendo os especialistas. Ali se localizam os sítios arqueológicos Xiquexique 1 e 2 localizados no município de Carnaúba dos Dantas, RN. 
Fazendo parte do conjunto do Seridó, está o sítio arqueológico Mirador, em Parelhas, RN. As pinturas rupestres do Seridó datam de cerca de 9 mil anos. Foram feitas com tauá, mineral rico em óxido de ferro, e ainda são bem visíveis considerando que o local é aberto e sujeito à ação do clima.
Pinturas rupestres do Seridó
As pinturas se assemelham às da Serra da Capivara com traços finos, figuras de tamanhos pequenos e pintadas nas cores vermelha, amarela e branca. Mas trazem temas novos: há muitas imagens de pirogas, um tipo de embarcação rústica feita de um só tronco de árvore cavado e que ainda são muito comuns pelo interior do Brasil. 
Nas pinturas rupestres do Seridó há cenas de caça entre elas a que mostra dois indivíduos com as pernas flexionadas abatendo uma anta. Um deles traz um bastão enquanto o outro se posiciona para segurar o animal. Ambos usam cocares, porém de formatos diferentes. Ao lado de cada um, há uma cesta e um bastão. Abaixo deles aparece um outro animal, talvez já abatido. Duas figuras humanas, com os braços erguidos, seguram bastão e um recipiente semelhantes aos objetos retratados acima. 
Toda essa cena não tem mais do que 18 cm de comprimento. 
Outra pintura mostra uma cena de luta ou de ritual. A figura da esquerda está em movimento e segurando um objeto grande – um tacape ou borduna –, feito de madeira forte e cravado de ossos ou dentes. A figura da direita está parada mas ergue um bastão e usa um cocar com penas que descem pelas suas costas. Uma cena de luta ou de sacrifício mostra um indivíduo de cocar segurando dois bastões, um em cada mão. Ele aponta para a figura à sua frente como se fosse desferir o golpe. É curioso observar que a figura que ataca parece estar gritando.
Fonte: https://ensinarhistoriajoelza.com.br/ 

sábado, 11 de agosto de 2018

Sítios arqueológicos da Serra da Capivara, no Piauí

O Parque Nacional Serra da Capivara se localiza no Estado do Piauí, ao Sudeste do Estado. Possui vários sítios arqueológicos.
Existem atualmente 737 sítios arqueológicos catalogados onde foram encontrados artefatos líticos, esqueletos humanos, pinturas rupestres com aproximadamente 30.000 figuras coloridas, que representam cenas de sexo, de dança, de parto, entre outras. Os números impressionam, são 737 sítios catalogados, com esqueletos humanos, artefatos, fósseis e principalmente pinturas rupestres, 40.000 delas divididas em mais de 380 sítios com este tipo de registro que, dentre outras coisas, contam muito sobre o modo de vida do antigo homem americano. Nos painéis é possível ver pinturas referentes a rituais religiosos, caça, relações sexuais, entre outros.
Ao longo de 14 trilhas e 64 sítios arqueológicos abertos à visitação, encontramos tesouros, como os pedaços de cerâmicas mais antigos das Américas, de 8.960 anos, descobertos na Toca do Sítio do Meio. No circuito dos Veadinhos Azuis, podemos encontrar quatro sítios com pinturas azuis, a primeira desta cor descoberta no mundo.
Dentre tantas maravilhas, é possível eleger um dos sítios como sendo o de maior destaque, o Boqueirão da Pedra Furada, não apenas pela sua beleza e imponência, mas pela sua relevância histórica. O local mudou a maneira como se acredita ter ocorrido a ocupação das Américas. Em 1978 a arqueóloga Niède Guidon encontrou vestígios no Boqueirão datados em pesquisas posteriores como artefatos de mais de 50.000 anos, data muito mais antiga a que anteriormente se imaginava à chegada do homem primitivo ao continente americano.
Além do Boqueirão da Pedra Furada, outros sítios merecem destaque e são também bastante procurados pelos turistas, principalmente os inseridos nos tradicionais “circuitos” de visitação como o Circuito do Caldeirão do Boi, Circuito do Caldeirão dos Rodrigues, Circuito da Pedra Furada, dentre outros mais isolados como o Sítio do Meio, a Toca da Fumaça, o Baixão das Andorinhas, o Baixão das mulheres, entre outros.
Muitos dos principais fósseis e utensílios encontrados no Parque Nacional da Serra da Capivara podem ainda ser vistos tanto no tradicional Museu do Homem Americano, quanto em pontos específicos, nos Centros de Visitantes localizados nas portarias do Parque. Em alguns destes centros é possível ver fósseis de peixes, preguiça-gigante, tigre-dentes-de-sabre, entre outros.
Os sítios ainda são um dos principais pontos de pesquisa arqueológica do país, com trabalhos avançados e de vanguarda acontecendo nas áreas de summa arqueológica e paleontológica, paleoparasitologia, ecologia, metrologia arqueológica, paleoambiente do quaternário, entre outros.
A presença e preservação dos sítios arqueológicos da Serra da Capivara e seus arredores foi fundamental para que o Parque fosse constituído em 1979 e mais adiante, em 1991, ganhasse da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade.
Situado em uma região de clima semiárido, fronteira entre duas grandes formações geológicas - a Bacia Sedimentar Maranhão-Piauí e a Depressão Periférica do rio São Francisco, seu relevo é formado por serras, vales e planícies. É o único Parque Nacional do domínio morfoclimático das caatingas, o que ressalta a necessidade de conservação e restauração da flora. O Parque abriga fauna e flora específicas.
Desde a colonização, a área hoje pertencente ao Parque Nacional Serra da Capivara foi utilizada pelas populações que nela caçavam, plantavam e retiravam a madeira.

sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Sítios arqueológicos de Lagoa Santa, em Minas Gerais

A região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, é outro dos principais sítios arqueológicos do país. Ali foi encontrado o crânio de Luzia, o mais antigo fóssil humano encontrado nas Américas, com 11.500 anos, além de machados de pedra.
O crânio dela foi encontrado no início dos anos 1970, pela missão arqueológica franco-brasileira, chefiada pela arqueóloga francesa Annette Laming-Emperaire (1917-1977). O crânio foi descoberto em escavações na Lapa Vermelha, uma gruta no município de Pedro Leopoldo, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A gruta era famosa pelos trabalhos do cientista Peter Lund (1801-1880), que lá descobrira, entre 1835 e 1845, milhares de fósseis de animais extintos da época Pleistoceno - além de 31 crânios humanos em estado fóssil no que passou a ser conhecido como o Homem de Lagoa Santa. Seus hábitos alimentares incluíam folhas, frutas, raízes e algumas vezes, carne.
Luzia é o nome do fóssil humano (Homo sapiens) mais antigo encontrado na América, com cerca de 12 500 a 13 000 anos e que reacendeu questionamentos acerca das teorias da origem do homem americano, a primeira brasileira conhecida, não era índia, segundo um estudo apresentado pelo pesquisador brasileiro Walter Neves, da Universidade de São Paulo.
Ao contrário do que se imaginava, o mais antigo crânio humano encontrado no Brasil não era de uma pessoa do grupo conhecido pelos cientistas como "mongolóide", isto é, as populações asiáticas e nativas americanas.
O crânio pertenceu a uma mulher com idade entre 20 anos e 25 anos, batizada "Luzia" por Neves e seus colegas. As características desse crânio fazem com que ela seja mais parecida com africanos e australianos do que com os índios das duas Américas. O nome foi dado pelo biólogo Walter Alves Neves e foi considerado como "a primeira brasileira" a viver no continente do pais sul-americano que seria formado depois. O crânio pertence à coleção de fósseis encontrados no sítio de Lapa Vermelha, na região de Lagoa Santa, em Minas Gerais, alguns dos quais estão hoje no Museu Nacional no Rio de Janeiro.

quinta-feira, 9 de agosto de 2018

A Origem do Homem Americano

Foi no continente africano que surgiram os primeiros humanos, segundo muitos cientistas. Nossos ancestrais deslocaram-se da África para outras regiões da Terra. Esses deslocamentos se deram no decorrer de milhares de anos. Uma dessas regiões foi a América. O continente americano foi provavelmente um dos últimos a ser ocupado pelo ser humano.
Sabemos com certeza que, o povoamento da América começou muito antes da chegada dos europeus, em 1492. A partir do século XIX, os pesquisadores se interessaram em estudar a questão. Os arqueólogos iniciaram as primeiras escavações no território americano em busca de evidências que pudessem esclarecer ou pelo menos dar pistas confiáveis da origem do homem americano. Até hoje se discute muito como ocorreu esse povoamento, isto é, como o homem chegou até aqui.
Duas teorias explicam a presença humana na América e também no Brasil: a teoria de Bering e a teoria Transoceânica.
A Teoria de Bering
Os primeiros habitantes da América descendiam de caçadores, que saíram da Sibéria Oriental, na Ásia. Entre 50 mil e 12 mil anos atrás, atravessaram o estreito de Bering e alcançaram a América do Norte durante a última glaciação. Dali, os grupos nômades e seus descendentes foram espalhando-se pelo continente americano.
Durante a última glaciação, os territórios que hoje correspondem ao Alasca e à Sibéria, estavam unidos por um istmo de gelo, que formava uma passagem entre a Ásia e a América. Quando a temperatura do planeta voltou a subir, esse istmo de gelo se desfez, formando o atual estreito de Bering.
A Teoria Transoceânica
Alguns pesquisadores identificam outros caminhos migratórios, como as ilhas Aleutas, também por passagem terrestre, ou então por uma precária navegação iniciada nas ilhas da Polinésia.
Remadores da Polinésia teriam navegado pelo oceano Pacífico até alcançar o litoral sul-americano. Nessa aventura que durou muitas gerações, esses grupos de navegantes pré-históricos lançaram-se ao mar em diferentes momentos, entre 10 mil e 4 mil anos atrás.

quarta-feira, 8 de agosto de 2018

A Origem do Homem

A cronologia da origem do homem e sua evolução não é precisa. Existem numerosas classificações, muitas vezes contraditórias, pois ainda há várias lacunas importantes.
De um modo geral, podemos dizer que um tronco comum deu origem aos grandes macacos ou antropóides (Pongidae) e aos humanos (Hominidae). Em algum momento, essas duas famílias se formaram e evoluíram em sentidos diferentes: os Pongidae assumiram as formas do gorila, do chimpanzé, do orangotango e do gibão atuais, enquanto os Hominidae passaram por várias transformações, até chegar ao Homo sapiens sapiens.

O Australopithecus

Os hominídeos ou homínidas são classificados em dois gêneros. O primeiro é o Australopithecus (do latim australis = meridional + o grego pithecos = macaco), que apresentava características físicas ainda distantes do homem atual. O segundo é o gênero Homo, ao qual pertencemos. Não se sabe se o Homo evoluiu do Australopithecus ou se ambos são gêneros independentes, ligados a um ancestral comum. Mas tudo indica que os primeiros hominídeos viveram na Africa Sul-Oriental.
Há três espécies conhecidas de australopitecos. O Australopithecus aferensis é o mais antigo, tendo vivido cerca de 3 milhões de anos atrás. Já o Australopithecus africanus e o Australopithecus robustus existiram respectivamente até 1,5 e 1 milhão de anos antes de nossa era, sendo que o A. africanus pode ter dado origem ao gênero Homo. Essas três espécies são claramente diferenciadas dos Pongidae porque, apesar de sua pequena ca4acidade craniana (400 cm3 para o A. aferensis e 500 cm para os outros), tinham postura bípede e não possuíam as grandes presas (dentes caninos) existentes nos antropóides.

Homo habílis

Há cerca de 2 milhões de anos — sendo portanto a espécie posterior à origem do homem, contemporânea do Australopithecus africanus e do Australopithecus robustus — surgiu a primeira espécie do gênero Homo: o Homo habilis, assim chamado por sua capacidade de utilizar, pela primeira vez, pedras cortantes ou aguçadas para quebrar invólucros de sementes, cavar a terra em busca de raízes ou esquartejar animais. Seu volume craniano variava entre 650 e 800 cm3. Além disso, tinha uma postura menos curvada que a dos australopitecos.
A sua altura seria de aproximadamente 127 cm, com um peso de, aproximadamente 45 kg, apesar de as fêmeas poderem ser menores. A sua alimentação incluiria também carne, como parece indicar a presença de ossos de animais com vestígios de corte de utensílios de pedra encontrados juntamente com os seus restos fósseis. 
Desde a sua descoberta que tem sido uma espécie envolta em controvérsia. Alguns investigadores nunca o aceitaram, defendendo inclusive que todos os vestígios fósseis de habilis devem ser integrados quer nos Australopithecus, quer nos Homo erectus. Contudo, atualmente muitos sustêm que o habilis combina características de pelo menos duas espécies diferentes de Homo. 

Homo erectus

Cerca de 1,5 milhão de anos atrás, o Homo habilis, até então restrito à Africa, deu origem a uma espécie que se disseminaria pela Ásia e Europa: o Homo erectus. Este, além de demonstrar uma notável evolução no uso de utensílios de pedra (facas, machados, raspadores), deve ter iniciado a linguagem falada e, há cerca de 500000 anos, começado a abrigar-se em cavernas e a produzir fogo. No aspecto físico, o Homo erectus não ultrapassava 1,5m de altura; tinha a arcada superciliar saliente e uma mandíbula maciça, desprovida de queixo. A cabeça articulava-se com a coluna vertebral de modo a ficar ligeiramente projetada para a frente.
Além dos muitos fósseis de Homo erectus encontrados na Africa, descobriram-se outros, ligeiramente diferenciados, na Ásia e na Europa. São eles o Javantropo, o Sinantropo e o Paleantropo (do grego anthropos = homem), localizados respectivamente na Ilha de Java (Indonésia), perto de Pequim (China) e em Heidelberg (Alemanha). Os três foram classificados como subespécies do Homo erectus e receberam, em complementação, as denominações javanensis, pekinensis e heidelbergensis.
Aproximadamente em 300000 a.C., o Piorno erectus começou a sofrer transformações que iriam resultar na espécie à qual pertencemos: o Homo sapiens.

Homem de Neanderthal

Restos da subespécie mais antiga do Homo sapiens foram descobertos pela primeira vez no vale (em alemão = thal) do Rio Neander, na Alemanha; daí terem recebido o nome científico de Homo sapiens neanderthalensis. Exemplares semelhantes seriam depois encontrados na França, Iugoslávia, Palestina e Africa do Norte.
A estatura do homem de Neanderthal era pouco superior a 1 ,5m. Seu crânio apresentava-se levemente achatado no occipital, com a testa bastante inclinada para trás, maxilares robustos e queixo pouco pronunciado. A arcada superciliar era menos saliente que nas espécies precedentes.
Os neandertalenses caçavam em grupo e abrigavam-se do frio em cavernas. Viveram entre 120 000 e 35 000 a.C. As razões de seu desaparecimento não são claras, mas muitos devem ter-se miscigenado ou sido exterminados pela segunda e mais evoluída subespécie do Piorno sapiem, denominada cientificamente Homo sapiens — ou seja, o homem atual.

Homo Sapiens


O Homo sapiens surgiu por volta de 40000 a.C. Os primeiros espécimes estudados foram descobertos em uma localidade do Sul da França; daí serem designados pelo nome de homem de Cro-Magnon. Eram mais altos que os neandertalenses e tinham traços fisionômicos menos pesados, com o crânio alongado, a fronte ampla e o queixo arredondado.
O Homo sapiens substituiu o homem de Neanderthal e, por volta de 25000 a.C., espalhou-se pela Terra. Coube a ele aperfeiçoar as técnicas de obtenção de alimentos, ampliar as formas de organização social, estruturar a religião e produzir manifestações artísticas. E, com o passar do tempo, o Homo sapiens sapiens deu origem às raças humanas.
Atualmente, muitos estudiosos evitam utilizar o termo raça para designar um grupo humano com determinado fenótipo; em seu lugar, preferem a palavra etnia. O motivo para essa rejeição é sobretudo ideológico, devido à conotação negativa de “raça’ com “racismo” (atitude anticientífica baseada na pretensa superioridade de certas raças sobre as demais).
Ora, como o conceito de etnia envolve também peculiaridades culturais, é difícil deixar de usar a palavra raça quando se levam em conta as características estritamente físicas dos grupos humanos (cor da pele e dos olhos, estatura, formato do crânio e do rosto, tipos de nariz e cabelo etc.). Más, tais características são estudadas pela Antropologia Física, cabendo à Antropologia Cultural a realização dos estudos etnográficos e etnológicos.
Acredita-se que as raças humanas atuais tenham resultado da fixação de certos grupos em áreas específicas, a cujo meio se adaptaram. Nesse caso, como a procriação se processou dentro de um universo restrito, acentuaram-se determinados traços físicos, diferenciando um grupo de outro. E óbvio que tais diferenças não implicam qualquer idéia de superioridade ou inferioridade entre esses grupos, como mostra o ’evograma’ ao lado.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Darwinismo - A origem e a evolução das Espécies

No livro "A Origem das Espécies", Charles Darwin - naturalista britânico - apresentou suas ideias sobre a evolução e a seleção natural. Essas ideias foram amplamente baseadas em observações diretas das viagens de Darwin ao redor do globo. De 1831 a 1836, ele foi parte de uma expedição de levantamento topográfico feita pelo navio HMS Beagle, a qual incluía paradas na América do sul, Austrália e a ponta sul da África. Em cada uma das paradas da expedição, Darwin teve a oportunidade de estudar e catalogar as plantas e os animais locais.
Durante seu percurso, Darwin começou a observar padrões intrigantes na distribuição e características dos organismos. Podemos ver alguns dos padrões mais importantes que Darwin percebeu na distribuição dos organismos ao examinarmos suas observações nas Ilhas Galápagos ao longo da costa do Equador.
Darwin descobriu que espécies similares de tentilhões, mas não idênticas, habitavam ilhas próximas a Galápagos . Além disso, ele percebeu que cada espécie de tentilhão estava bem adaptada para seu ambiente e sua função. Por exemplo, espécies que comiam sementes grandes e tendiam a ter bico largo e duro, enquanto aquelas que comiam insetos tinham bico fino e afiado. Finalmente, ele observou que os tentilhões (e outros animais) encontrados nas Ilhas Galápagos eram similares às espécies do vizinho continente do Equador, mas diferentes dos encontrados no resto do mundo.
Darwin não percebeu tudo isso em sua viagem. De fato, ele nem mesmo tinha entendido que tentilhões eram espécies relacionadas, porém distintas, até mostrar os espécimes coletados para um ornitólogo especializado (biólogo de aves) anos mais tarde. 
No entanto, gradualmente, ele teve a ideia que poderia explicar o padrão de tentilhões relacionados, mas diferentes.
Segundo a ideia de Darwin, o padrão faria sentido se as Ilhas Galápagos tivessem sido habitadas, muito tempo antes, por aves das terras continentais vizinhas. Em cada ilha, os tentilhões devem ter se adaptado gradualmente às condições locais (por muitas gerações e longos períodos de tempo). Esse processo pode ter levado a formação de uma ou várias espécies em cada ilha.
Durante sua viagem e nos anos posteriores, Darwin desenvolveu e aperfeiçoou um conjunto de ideias que poderiam explicar os padrões que ele observou ao longo de sua viagem. Em seu livro, A Origem das Espécies, Darwin ressaltou duas ideias principais: a evolução e a seleção natural.

Evolução

Darwin propôs que as espécies podem mudar ao longo do tempo, que novas espécies surgem de espécies pré-existentes, e que todas compartilham um ancestral comum. Nesse modelo, cada espécie tem um conjunto único de diferenças herdáveis (genéticas) comparadas ao ancestral comum, que se acumularam gradualmente ao longo do tempo. Eventos repetidos de diferenciação, nos quais espécies novas divergem a partir de seu ancestral comum, produzem uma "árvore" multinível que conecta todos os seres vivos.
Darwin se refere a esse processo no qual os organismos mudam suas características herdáveis através das gerações como "descendência com modificação". Atualmente, nós chamamos de evolução. Os rascunhos de Darwin vistos acima ilustram suas ideias, mostrando como uma espécie pode se diferenciar em duas com o passar do tempo, e como esse processo pode se repetir muitas e muitas vezes na "árvore genealógica" de um grupo de espécies relacionadas.

Seleção natural

Darwin, é importante notar, não propôs apenas que os organismos evoluíam. Se esse tivesse sido o começo e o fim de sua teoria, ele não estaria em tantos livros didáticos como está hoje! Ao invés, Darwin também propôs um mecanismo para a evolução: seleção natural. Esse mecanismo era elegante e lógico, e explicava como populações podiam evoluir (passar por descendência com modificação) de tal maneira que se tornassem melhor adaptadas aos seus ambientes ao longo do tempo.

O conceito de seleção natural de Darwin foi baseado em algumas observações importantes:
  • Características são geralmente herdáveis. Em seres vivos, muitas características são herdadas, ou passadas dos pais para os filhos. (Darwin sabia que era esse o caso, apesar de não saber que as características eram herdadas através de genes.)
  • Nem toda a prole é capaz de sobreviver. Os organismos são capazes de produzir uma prole maior do que o ambiente é capaz de suportar. Por isso, há competição por recursos limitados em cada geração.
  • A prole varia quanto às características herdáveis. Os descendentes, em qualquer geração, serão ligeiramente diferentes em suas características (cor, tamanho, forma, etc) e muitas dessas características serão herdáveis.

Baseado nessas observações, Darwin concluiu que:
  • Em uma população, alguns indivíduos vão herdar características que os ajudam a sobreviver e reproduzir (dadas as condições ambientais, como predadores e fonte de nutrientes disponíveis). Os indivíduos com essas características benéficas vão deixar uma prole maior na próxima geração quando comparados aos demais, já que tais características os tornam mais aptos a sobreviver e reproduzir.
  • Como as características úteis são herdáveis, e os organismos com essas vantagens deixam uma prole maior, elas se tornarão mais comuns (presentes em uma fração maior da população) na próxima geração.
  • Ao longo das gerações, a população se tornará adaptada ao seu ambiente (visto que indivíduos com características úteis a este ambiente têm, consistentemente, maior sucesso reprodutivo que os seus contemporâneos).

O modelo de evolução de Darwin por seleção natural permitiu-lhe explicar os padrões que ele havia visto durante suas viagens. Por exemplo, se as espécies de tentilhão de Galápagos compartilhassem um ancestral comum, faria sentido que elas se assemelhassem fortemente entre si (e aos tentilhões do continente, que provavelmente compartilhavam esse mesmo ancestral comum). Contudo, se grupos de tentilhões tivessem sido isolados em ilhas separadas por muitas gerações, cada grupo teria sido exposto a um ambiente diferente no qual diferentes características herdáveis poderiam ter sido favorecidas, tais como tamanhos e formatos diferentes de bico para a utilização de diferentes fontes de alimento. Esses fatores poderiam ter levado à formação de espécies distintas em cada ilha.

sábado, 4 de agosto de 2018

História Antiga: 3.500 A.C á 476 anos D.C.

A História Antiga é uma época histórica que coincide com o surgimento e desenvolvimento das primeiras civilizações, também conhecidas como civilizações antigas. De acordo com a historiografia, o início deste período é marcado pelo surgimento da escrita (por volta de 4.000 a.C.), que representa também o fim da Pré-História. De acordo com este sistema de periodização histórica, a Antiguidade vai até o século V, com a queda do Império Romano do Ocidente após as invasões dos povos germânicos (bárbaros).
Segundo historiadores a primeira cidade foi Kish, seguida por Eridu, Nipur, Uruk e Lagash, estas cidades teriam dado origem as primeiras civilizações, que habitavam a Mesopotâmia, esta palavra deriva do grego e significa terra entre 2 rios, o Rio Tigre e o Eufrates.
Principais características históricas desta época: Surgimento e desenvolvimento da vida urbana; Poder político centralizado nas mãos de reis; Sociedade marcada pela estratificação social; Desenvolvimento de religiões (maioria politeístas) organizadas; Militarização e ocorrências constantes de guerras entre povos; Desenvolvimento e fortalecimento do comércio; Desenvolvimento do sistema de cobrança de impostos e obrigações sociais; Criação de sistemas jurídicos (leis); Desenvolvimento cultural e artístico.
Principais povos e civilizações antigas: Mesopotâmia; Persas; Egito Antigo; Hebreus; Hititas; Grécia Antiga; Roma Antiga; Creta; Povos Bárbaros; Celtas e Etruscos
Cronologia (principais fatos da História Antiga):
- 3.500 a.C - Desenvolvimento da escrita pelos sumérios.
- 3.200 a.C. - Ocorre a unificação do Egito.
- 1900 a. C. - Os hebreus se fixam na região da atual Palestina.
- 1.100 a.C. - A Ásia Menor começa a ser colonizada pelos gregos.
- 753 a.C. - fundação da cidade de Roma.
- 1 - Nascimento de Jesus Cristo. (início da Era Cristã).
- 313 - Imperador Constantino decreta o Edito de Milão, que dava liberdade de culto aos cristãos.
- 330 - A cidade de Constantinopla é fundada.
- 425 - povos germânicos (denominados bárbaros pelos romanos) conquistam diversas províncias do Império Romano.
- 476 - Fim do Império Romano do Ocidente.

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Pré-história: 6.000.000 á 3.500 anos A.C.

Considera-se a Pré-história como o período que compreende a atividade humana desde suas origens até o surgimento da escrita, que corresponderia ao período anterior às primeiras civilizações,
A Pré-História é uma área do conhecimento partilhada entre várias disciplinas, da Paleontologia que provém as nomenclaturas que classificam os hominídeos. Os gêneros de hominídeos variaram em alguns seguimentos principais e sua temporalidade também variou de cinco milhões de anos até, aproximadamente, 120 mil anos.
De forma geral, esses grupos de hominídeos são classificados como caçadores e coletores, isto é, não possuíam território fixo. Eram, basicamente, praticantes do nomadismo. A arqueologia e a história costumam, por meio de sistemas de datação, dividir a ação desses hominídeos nas seguintes fases: o Paleolítico, ou Idade da Pedra Lascada, e o Neolítico, ou Idade da Pedra Polida. Essas divisões ocorrem também por meio do grau de domínio da tecnologia rústica. O uso de artefatos como pedra, madeira, pedaços de ossos e cerâmica é determinante para tal classificação.
A última fase da Pré-História seria a Idade dos Metais, que corresponde ao período em que o homem passou a ter um pleno domínio do fogo e começou a fazer a fusão de metais, obtendo o bronze, por exemplo. Esse período data de 6 a 5 mil anos atrás e coincide com o aparecimento das primeiras civilizações.
Outro ponto a destacar-se com relação à Pré-História e aos documentos estudados por especialistas dessa área é a Arte Rupestre, que comporta os primeiros símbolos e registros da ação do Homem, possuindo assim um valor inestimável.

Período Paleolítico

O Período Paleolítico, considerado um dos mais longos da história, (desde o surgimento da humanidade, por volta de 4,4 milhões de anos até de 8000 a.C.) abrange cerca de 99% do tempo de existência da sociedade humana.
Nesse período foram desenvolvidas as primeiras ferramentas (facas, machados, arpões, lanças, arcos, flechas, anzóis), embora não houvesse grande sofisticação na técnica de produção. Eles utilizavam as ferramentas no dia-a-dia por exemplo, para coletar frutas, raízes, construir pequenos abrigos ou matar algum animal.
A pedra foi a principal matéria prima utilizada e, diferente do período neolítico (idade da pedra polida), o paleolítico representa a idade da pedra lascada, nome que indica a incipiência e simplicidade das técnicas utilizadas. Os instrumentos do paleolítico eram constituídos por pedras, madeiras, ossos e chifres.
O nomadismo foi uma das principais características do homem do paleolítico que caminhava grande parte de sua vida em busca de abrigo e comida. Os homens, que viviam geralmente em bandos, eram caçadores e coletores, uma vez que a agricultura e o pastoreio somente surgiram no período posterior (neolítico), quando os indivíduos passam a cultivar a terra e a domesticar animais.
Assim, já que o homem desse período não produzia alimentos, ou seja, não plantavam nem criavam animais, a base da alimentação era os animais que eles caçavam, os peixes que pescavam e a coleta de grãos, raízes e frutos; por esse motivo, os homens do paleolítico são classificados como “caçadores-coletores”.
Eles não construíam casas, viviam em cavernas para se protegerem das intempéries (geadas, chuva, tempestades, etc.) bem como dos animais. Sem dúvida, a maior descoberta realizada nesse período foi o fogo, afinal com ele os homens podiam cozinhar seus alimentos, se aquecerem e ainda afugentar os animais perigosos.
Com certeza, o controle do fogo foi uma das maiores conquistas desse período. Primeiramente o fogo foi encontrado de maneira natural, ou seja, por raios da tempestade. Mais tarde eles descobriram outro método, por meio do atrito entre pedras ou pedaços de madeira, o qual produzia faíscas.
Inseridos num clima hostil com acentuadas mudanças climáticas, o homem do paleolítico começou a desenvolver técnicas de proteção para o corpo, ou seja, as vestimentas, produzidas em grande parte com peles de animais.
O efeito dessa primitiva técnica de lascamento é mais evidente nos utensílios mais antigos, como os da Figura ao lado. Os artefatos da figura pertencem às culturas olduvaiense (A) e acheulense (B e C) da África Oriental, datadas de 1,75 milhões de anos, aproximadamente. A é um cutelo; B, um biface grosseiro; C, um biface evoluído.
A Arte no Paleolítico abrange as pinturas feitas nas rochas dentro nas cavernas, denominadas de arte rupestre e arte pariental. Nota-se um caráter realista e naturalista nas pinturas, expressa pelas figuras de homens e animais, bem como na composição de figuras abstratas.

Período Neolítico 

O Período Neolítico (de 8000 a.C. até 5000 a.C.), também chamado de Idade da Pedra Polida é o segundo da pré-história e tem como principal característica o desenvolvimento das sociedades agropastoris.
Esse período denomina-se Idade da Pedra Polida, uma vez que os instrumentos começam a ser produzidos através do polimento da pedra e do trabalho no fio de corte.
Nesse sentido, vale ressaltar que o período anterior, o Paleolítico, é chamado de Idade da Pedra Lascada, uma vez que a pedra não recebia esse tratamento. Do grego, o termo neolítico (neo "novo" e líthos "pedra") significa “pedra nova” ou “nova idade da pedra”.
Em termos climáticos e geológicos, houve uma grande mudança no período neolítico, uma vez que aumentou o nível dos mares, houve a formação de desertos, levando diversas populações a se deslocarem, os quais passaram a viver próximos dos rios.
O período neolítico está relacionado sobretudo, à sedentarização do homem e consequentemente ao desenvolvimento das atividades de agricultura e pastoreio.
Assim, com essa mudança de postura inaugura-se um novo modo de vida, donde o homem do neolítico começou a se relacionar com a natureza cultivando plantas, bem como a domesticar os animais.
Note que o homem do período pré-histórico anterior (paleolítico) era nômade, ou seja, se descolava constantemente em busca de abrigos e alimentos (caçadores e coletores),
Por esse motivo, o neolítico é considerado um importante marco de desenvolvimento da sociedade e de mudanças nas relações sócio culturais, o que se convencionou chamar, pelos historiadores, como a “Revolução do Neolítico” ou “Revolução Agrícola e Pastoril”.
O trabalho com a terra, o cultivo de alimentos (trigo, arroz, milho, mandioca, batata, etc.) e a criação de animais (bois, porcos, carneiros, cavalos, etc.) foi essencial para o desenvolvimento das sociedades no período neolítico, bem como para o crescimento da população.
Isso foi possível mediante a dominação de técnicas agrícolas e pastoris. Os homens começavam a fazer estoques de alimentos e, portanto, a sobreviverem nas estações mais difíceis de encontrar alimentos. Com efeito, podemos intuir que a expectativa e qualidade de vida dos homens neolíticos aumentou em relação ao período anterior.
No entanto, alguns historiadores acreditam que a vida nas aldeias no período neolítico diminui, em partes, a expectativa de vida de alguns núcleos de aldeias, posto que podiam favoreceram a proliferação de doenças e epidemias, levando a morte de grande parte da população; e ainda em alguns núcleos, por exemplo, que somente cultivavam cereais, sofriam de carências nutricionais.
Importante deixar claro que esse processo na mudança na vida do homem ocorreu de forma lenta e nem por isso, todos os indivíduos deixaram de ser nômades, caçadores e coletores.
Dentre as principais inovações técnicas vistas no período neolítico temos:
Produção de instrumentos de pedra polida (facas, machados, enxadas);
Construção de casas para se abrigarem (madeira, pedra, barro, folhagem, etc.)
Objetos de cerâmica (utensílios para cozinhar e armazenar alimentos)
Desenvolvimento da tecelagem (pelos e couro de animais e fibras vegetais)
No final do período neolítico, por volta de 4000 a.C. a metalurgia começa a se desenvolver com a produção de cobre, bronze e ferro, os quais irão lentamente substituir a pedra, matéria prima mas importante da Idade da Pedra. O desenvolvimento da metalurgia possibilitou a criação de diversos instrumentos muito resistentes e das mais variadas formas.
Com a criação de novas técnicas de polimento da pedra, muitos objetos artísticos de cerâmica e pele de animais começam a ser produzidos nesse período. Note que povos não consideravam esses objetos obras de arte, os quais possuíam um caráter utilitário, ou seja, eram produzidos para serem utilizados, seja para o transporte de comida, bebida, vestimentas.
Por outro lado, os objetos de arte produzidos pelos artistas (considerado seres iluminados) adquirem um caráter religioso, ou seja, sobrenatural e mágico, por exemplo, nos amuletos e símbolos religiosos criados nesse período.
Assim, muitos deles eram utilizados em rituais e cultos, os quais estavam envolvidos numa atmosfera de magia. Além disso, o homem do neolítico começa a construir abrigos e casas, sendo portanto, considerados os primeiros arquitetos da humanidade.

Idade dos Metais

A Idade dos Metais é a última fase da Pré-História que vai de 5000 a.C. até o surgimento da escrita pelos sumérios, em 4000 a.C.. Recebe esse nome posto que o metal foi a matéria prima mais utilizada para produção de ferramentas e objetos. Alguns estudiosos consideram que a Idade dos Metais é a fase final do período Neolítico.
Diferente dos períodos anteriores, o Paleolítico (Idade da Pedra Lascada) e o Neolítico (Idade da Pedra Polida), o desenvolvimento da metalurgia e a expansão das técnicas de fundição na Idade dos Metais, propiciaram uma enorme conquista tecnológica para a humanidade.
Note que a utilização dos metais não substituiu completamente os instrumentos que eram feitos de pedra e madeira. Esse processo de transição ocorreu de maneira lenta e de diferentes formas em determinados locais.
As primeiras sociedades que começaram a desenvolver a metalurgia estavam localizadas no Oriente, sendo que muitas vezes, eles eram extraídos de locais distantes, o que dificultou a disseminação completa do metal nesse período.
De acordo com a utilização do metal empregado nesse período, a idade dos metais pode ser classificada de três maneiras: Idade do Cobre; Idade do Bronze e Idade do Ferro.
A principal característica desse período foi sem dúvida, o desenvolvimento da metalurgia, que começa a mudar consideravelmente a vida em sociedade, afinal, com os metais os instrumentos possuíam grande rigidez e vida útil, embora a principal caraterística era que podiam ser moldados, ou atingir formas que antes a pedra não conseguia produzir.
O cobre foi o primeiro metal a ser fundido pelas sociedades pré-históricas desse período. Por conseguinte, o bronze, mais resistente que o cobre, era obtido através da mistura de cobre e de outro metal, o estanho. Já o ferro, foi o último metal a ser fundido, pois possuía um manuseio mais complicado que os outros, no entanto, tornou os materiais produzidos mais resistentes.
Os objetos produzidos com metal podiam incluir instrumentos de cozinha, objetos artísticos, armas, ferramentas para a agricultura, dentre outros.
A utilização dos metais pelo homem pré-histórico foi fundamental para o desenvolvimento da agricultura (produção de alimentos), surgida do período neolítico, posto que as ferramentas produzidas eram mais eficazes e auxiliavam no trabalho tal qual o arado e a enxada.
Nesse sentido, as ferramentas de caça e pesca também evoluíram, tornando assim, a vida mais fácil para o homem pré-histórico.
Isso permitiu, portanto, a melhoria na qualidade de vida dos cidadãos e consequentemente, o desenvolvimento do comércio e o aumento da população. No final da Idade dos Metais, surgem as primeiras cidades e novas relações sociais são estabelecidas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Divisão da História

De acordo com a visão clássica e tradicional, a divisão da história da humanidade é feita em cinco períodos: a Pré-História; Idade Antiga; Idade Média; Idade Moderna e Idade Contemporânea.
para chegar nestas divisões os historiadores analisaram qual seria o período em que houve algum marco na história, eles analisam as experiências e mudanças que ocorreram com o homem ao longo do tempo.

Pré-História

Todo o período que existiu antes da invenção da escrita é denominado Pré-história. Assim, a Pré-história corresponderia a um período da humanidade, que abrange milhões de anos, onde o homem aprendeu a viver em comunidade, a utilizar o fogo, a domesticar animais e a produzir alimento, dando a origem à agricultura. Na pré-história o homem criou a linguagem como meio de comunicação e inventou a escrita. Além disso, criou a pintura, a cerâmica e as primeiras organizações sociais e políticas.
A Pré-história está dividida em três períodos:
  • Paleolítico: também chamado de "Idade da Pedra Lascada", que se inicia há aproximadamente 4,4 milhões de anos e se estende até 8000 a.C.
  • Neolítico: também chamado de "Idade da Pedra Polida", que vai de aproximadamente 8000 a.C. a 5000 a.C.
  • Idade dos Metais: período que se estende de 5000 a.C. até o surgimento da escrita pelos sumérios, em 4000 a.C..

Tudo o que sabemos sobre a Pré-história devemos aos fósseis e objetos encontrados nas escavações paleontológicas, que ocorreram principalmente a partir do final do século XIX, estendendo-se até os dias atuais, frequentemente apresentando novas descobertas.

Idade Antiga

Idade Antiga ou Antiguidade é o período da história que é contado a partir do desenvolvimento da escrita, pelos sumérios, mais ou menos 4000 anos a.C., até a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 da era cristã.
Houve a formação de várias civilizações como: os sumérios, egípcios, gregos, romanos, mesopotâmicos, entre muitos outros. A formação dessas civilizações ocorreu em áreas onde o solo era fértil, com o desenvolvimento da agricultura esses povos deixaram as vidas nômades e passaram a surgir as civilizações.
Dentre os fatos históricos desse período da história se destacam:
  • Antiguidade Oriental, que compreende a civilização egípcia, a civilização mesopotâmica, as civilizações hebraica, fenícia e persa;
  • Grécia Antiga, das origens ao período arcaico;
  • Roma Antiga e o Império Romano, até a sua queda, em 476.

Idade Média

A Idade Média é o período da história que tem início em 476 e vai até a tomada de Constantinopla, pelos turcos otomanos, em 1453.
Na Europa Ocidental o foco foi a religião, o cristianismo tomou conta do mundo com suas crenças. O feudalismo é um dos temas mais estudados dessa época. A filosofia, literatura e outras artes tiveram mais espaço nesse período.
Nesse período da história se destacam:
  • Alta Idade Média;
  • Feudalismo;
  • Baixa Idade Média;
  • Cultura Medieval;
  • Formação das Monarquias Nacionais.

Idade Moderna

A Idade Moderna é o período da história que tem início em 1453 e vai até o ano de 1789, data da Revolução Francesa. Essa época foi marcada pelo renascimento e expansões marítimas. Muitas nações europeias começaram a ir à busca de novas terras para exploração e dominação, principalmente na América e África. Com os estudos dessa época foi possível um avanço tecnológico que ocasionou várias descobertas nessa época. O final desse período foi marcado pela Revolução Francesa.
Dentro desse período da história se destacam:
  • Expansão Marítima Europeia
  • Revolução Comercial e o Mercantilismo
  • Colonialismo Europeu na América
  • Renascimento Cultural
  • Reforma Protestante e Contrarreforma
  • Absolutismo
  • Iluminismo

Idade Contemporânea

A Idade Contemporânea é estudada de 1789, época da Revolução Francesa, até os dias atuais. Dentro desse período, vários acontecimentos políticos, econômicos e sociais, receberam influência da Revolução Francesa, como:
  • Independência do Brasil
  • Revolução Industrial
Do início deste período até os dias atuais aconteceram muitas coisas, revoluções de independência, evolução da tecnologia e armamentos, que ocasionaram em guerras mundiais.

quarta-feira, 1 de agosto de 2018

Eras Geológicas e a Evolução da Terra

O Planeta Terra já passou por diversas Eras Geológicas até chegar ao padrão em que se encontra, essas Eras Geológicas correspondem a grandes intervalos de tempo divididos em períodos que, por sua vez, são subdivididos em épocas e idades. Cada uma dessas subdivisões corresponde a algumas importantes alterações ocorridas na evolução de nosso Planeta.  

Era Pré-Câmbriana

Intervalo de tempo correspondente a 80% da história geológica da Terra. Iniciado há cerca de quatro bilhões e seis milhões de anos e encerrado há 570 milhões de anos. Divide-se em dois períodos: o Arcaico e o Proterozóico.
Período Arcaico: o planeta tinha uma atmosfera rica em CO2 e uma temperatura de superfície de cerca de 1.000o C. Aos poucos e poucos a crosta endureceu e formaram-se os oceanos. Nesse Período ocorreu uma chuva de meteoros que terminou há 4 bilhões de anos e o surgimento de vida aquática na Terra, surgiu por volta de 3,85 bilhões de anos atrás. Os organismos eram organismos unicelulares, sem membrana nuclear – procariontes –, capazes de sobreviver aos altos níveis de radiação solar existentes na atmosfera sem oxigênio e sem a camada do ozônio.
Período Proterozóico: situado entre 2,5 bilhões e 570 milhões de anos atrás. Aos organismos unicelulares do Arcaico sucederam-se, no Proterozóico, os organismos eram unicelulares ou não possuidores de membrana nuclear – eucariontes – que, para seu crescimento, usavam o oxigênio existente na atmosfera, cada vez em maior quantidade. Formas de vida simples e invertebradas começaram a aparecer no fim da Era Pré – Câmbrica seguindo-se de organismos pluricelulares com células diferenciadas em tecidos e órgãos – metazoários.
Sabe-se que há aproximadamente 800 milhões de anos, quando na Terra existia apenas um imenso continente, ocupando todo o pólo sul do planeta, a Rodínia, o planeta começou a congelar, de forma que entre 730 e 630 milhões de anos atrás a Terra virou uma “bola de neve”, com uma capa de gelo que chegava a 5 quilômetros de espessura (-110oC). O fenômeno quase acabou com todos os seres pluricelulares simples que tinham acabado de surgir no planeta, sobrevivendo apenas os que habitavam numa delgada faixa de mar na linha do Equador, que teria permanecido a 10º C. Após esse período emergiram continentes e formaram-se cinturões orogênicos à margem e entre os blocos continentais.
O bombardeio cósmico voltou na Era Paleozóica, entre 500 e 400 milhões de anos atrás, correspondendo à chamada explosão câmbrica. Diversas criaturas pluricelulares complexas, como os metazoários, desenvolveram-se principalmente nos mares, evoluindo para os peixes, anfíbios e répteis, e, posteriormente, “deram lugar” aos primatas e à espécie humana. Invertebrados ancestrais dos aracnídeos e insectos também multiplicaram. O Eon Fanerozóico divide-se em três eras, sendo elas a Era Paleozoica, Mesozoica e Cenozoica.

Era Paleozóica

Intervalo de tempo que se estende de 570 a 245 milhões de anos atrás, quando surgiram na Terra os primeiros peixes, plantas, animais terrestres e anfíbios. Divide-se em seis períodos.
Período Câmbrico: teve início há cerca de 570 milhões de anos e durou cerca de 70 milhões de anos. Sem grandes perturbações tectónicas, o Câmbrico apresenta, nas suas rochas mais antigas, um grande número de fósseis com partes duras e já com certo grau de evolução. Caracterizou-se por uma explosão evolutiva da vida marinha.
Período Ordovícico: iniciou-se há cerca de 505 milhões de anos e teve duração de quase 70 milhões de anos. A vida era essencialmente marinha: nessa época surgiram os peixes, ao que tudo indica, nas águas doces. As únicas plantas conhecidas do Ordovícico  são as algas marinhas. Uma glaciação matou 55% das espécies há 450 milhões de anos.
Período Silúrico: intervalo de tempo geológico iniciado há cerca de 438 milhões de anos e que durou cerca de 30 milhões de anos, caracterizado pelo surgimento das plantas terrestres.
Período Devônico: teve início há 408 milhões de anos e durou até cerca de 48 milhões. A fisionomia da Terra era substancialmente diferente da atual, pois havia um gigantesco continente que se localizava no hemisfério sul e outras porções de terra que se encontravam nas regiões equatoriais. A Sibéria estava separada da Europa por um oceano. Durante o período, houve a colisão dos continentes europeu e norte-americano, e muitas regiões sofreram intenso vulcanismo e movimentos sísmicos. A evolução dos animais aquáticos no período valeu-lhe também o nome de idade dos peixes. A vegetação, modesta no início do período, desenvolveu-se gradualmente e foram aparecendo no Devónico médio, as primeiras florestas. No final do Devónico, grande número de invertebrados marinhos desapareceu sem que se conheça o motivo. A flora do período é, no entanto, relativamente pobre em comparação com a do Período Carbónico.
Período Carbônico: com início há cerca de 360 milhões de anos e duração estimada de 75 milhões de anos. Nesse período os primeiros répteis surgiram e formaram-se grandes florestas em que predominavam os gigantescos grupos de plantas caracterizadas por estarem diferenciadas em raiz, caule e folhas e não se reproduzirem por sementes como também os pântanos, que chegavam a cerca de 30 metros de altura, das quais derivaram espessas camadas de carvão.
Período Pérmico: começou há cerca de 285 milhões de anos e durou cerca de 40 milhões de anos. Através de vários estudos realizados por diferentes instituições e Universidades, conseguiu-se ter provas de que uma extinção maciça aconteceu na Terra entre o Pérmico e o Triásico (transição ocorrida há 250 milhões de anos), eliminando 90% das criaturas marinhas, 70% das espécies vertebradas terrestres e quase todas as formas vegetais, extinção essa causada pelo impacto de um corpo celeste. O choque teria desencadeado uma longa série de erupções vulcânicas, que também teriam contribuído para essa destruição em escala planetária. Grandes movimentos orogénicos resultaram, então, na formação de importantes cadeias de montanhas, inclusive os Apalaches, no leste dos Estados Unidos.

Era Mesozóica

Segunda das três principais eras geológicas da Terra. Ocorrida de 245 a 66,4 milhões de anos atrás, abrangeu os períodos Triásico, Jurássico e Cretáceo.
Entre 230 e 65 milhões de anos atrás, reinaram na Terra os dinossauros, quando então uma grande calamidade astronómica, no Golfo do México, matou-os de uma vez, sobrando apenas as tartarugas, os crocodilos e os mamíferos. Embora a extinção de 250 milhões de anos atrás tenha sido mais violenta que a dos dinossauros, acredita-se que o asteroide ou cometa tivesse as mesmas proporções nos dois casos: em torno de 10 km de diâmetro. Ao longo de aproximadamente 180 milhões de anos, durante a era Mesozoica, a Terra assistiu ao surgimento dos ancestrais das principais espécies de plantas e animais que existem atualmente.
Segundo teoria do geólogo Alfred Lothar Wegener (1.880-1.930), delineada no início do século XX, há 200 milhões de anos houve a separação da Pangeia – única massa de terra existente até agora – em dois super continentes, Gonduana, ao sul, e Laurásia, ao norte, que deram origem às atuais massas continentais. Essa época registou a evolução de uma flora e de uma fauna bem diversa das que se haviam desenvolvido durante a era Paleozoica e das que surgiriam depois na Cenozoica.
Em meados da era Mesozoica, a Laurásia, que incluía a maior parte da América do Norte e da Eurásia, separou-se totalmente de Gonduana pelo mar de Tétis, no hemisfério sul. Durante o Jurássico, a América do Norte começou a afastar-se dos dois super continentes. No final do Jurássico, a África já tinha começado a separar-se da América do Sul, e a Austrália e a Antárctica já estavam desligadas da Índia
Período Triásico: iniciou-se há cerca de 245 milhões de anos e durou quase 40 milhões de anos. Presentes na Terra desde o período Carbónico, os répteis só dominaram os continentes a partir do Triásico, quando a falta de competição provocou uma evolução explosiva da classe. No período surgiram os primeiros dinossauros, de início pequenos e bípedes.
Período Jurássico: iniciado há cerca de 208 milhões de anos. Havia na Terra imensas regiões pantanosas e outras desérticas. Na fauna, predominavam os répteis, entre os quais a espécie mais numerosa era a dos dinossauros.
Período Cretáceo: iniciado há cerca de 144 milhões de anos, durou cerca de 77,6 milhões de anos. As rochas cretáceas são de extrema importância para o homem, pois nelas concentra-se grande parte das reservas de petróleo, bem como extensas jazidas de carvão e de outros minerais. O Cretáceo caracteriza-se pela fauna de dinossauros bizarros, tartarugas e crocodilos, répteis voadores, mamíferos como os marsupiais e primatas e os insetívoros, os triconodontes e os multituberculados.
O fim do Cretáceo marcou uma época de crise para a vida, tal como no fim da era Paleozoica. Um intenso vulcanism iniciou-se, levando a um aquecimento global. As árvores com flores e frutos - angiospermas - diminuíram em 90%, levando a um decréscimo, talvez na mesma proporção, dos dinossauros. Outros grupos de animais decresceram gradualmente e os dinossauros e os répteis voadores extinguiram-se abruptamente no fim do período, devido ao impacto do asteroide na península do Yucatán, no Golfo do México. Essa extinção em massa atingiu também os mamíferos triconodontes e as aves com dentes. Mas as tartarugas, crocodilos e até sapos e salamandras sobreviveram ao impacto. A temperatura, que era a maior desde a grande extinção (5 a 10º C maior que hoje), cai vertiginosamente devido à poeira levantada que encobria o Sol. Ao mesmo tempo ciclos de gigantescas inundações e secas alternaram-se no período, cadeias de montanhas surgiram assim como a secura que predominou no globo.

Era Cenozóica

Era geológica que compreende os períodos Terciário e Quaternário. Nela, a fauna e a flora adquiriram suas formas atuais. Iniciada há aproximadamente 66,4 milhões de anos, estende-se até a atualidade. Nos últimos 50 milhões de anos todos as oscilações da temperatura tiveram como origem a posição do Sol em relação à Terra, devido à mudança no eixo de inclinação desta em relação àquele. Ou seja, as glaciações ocorridas tiveram lugar devido às alterações periódicas dessa posição relativa, que varia a cada 41.000 anos. Há 3,6 milhões de anos o gelo cresceu no norte e o planeta ficou mais frio. A África secou desaparecendo assim as matas onde viviam os hominídeos, fazendo surgir o género Homo adaptado a caminhar nos campos. Há 900 mil anos, o atual padrão de glaciações, de 100 mil anos de duração com intervalos de 8 a 40 mil anos, estabeleceu-se.
Período Terciário: primeiro dos dois períodos da era Cenozoica. Iniciado há 66,4 milhões de anos, abrange cerca de 65 milhões de anos. Foi a época em que surgiram as montanhas e durante o qual a face do planeta assumiu a sua forma atual. Os movimentos sísmicos, então registrados, provocaram o surgimento das grandes cadeias de montanhas que conhecemos hoje, tais como, os Andes, os Alpes, os Himalaias e a cadeia de vulcões localizada na região ocidental da América do Norte.
Período Quaternário: último período da era Cenozoica, marcado pelo aparecimento do homem. Também chamado Antropozoico, abrange cerca de 1,6 milhão de anos. Foram registradas 5 glaciações sucessivas e 4 recuos da camada de gelo, que duraram ao todo cerca de 2 milhões de anos, com a última iniciando-se há 22 mil anos (no seu auge, há 18 mil anos, o gelo chegava à Inglaterra) e terminando há 10 mil anos atrás. Isso afetou excessivamente o desenvolvimento da fauna e da flora no hemisfério norte. Como as outras espécies, os primeiros humanos deslocaram-se em consequência das glaciações, mas, ao contrário de algumas delas, adaptaram-se às mudanças e sobreviveram ao que se conhece como a grande idade do gelo. Achava-se que esses primeiros imigrantes humanos a saírem da África fossem os Homo Eretos.